sexta-feira, março 23, 2012

A Opereta do Malandro


O mundo onde vivemos não deixa de ser giro, se olharmos para ele com a mesma benevolência com que olhamos para os falsos coitadinhos, capazes de viver a vida inteira à custa do "orçamento".

Ao ouvir um desses fulanos que conhecem todas as formas para extorquir alguma coisa ao estado, dizer, «eu tenho direito», pensei na gente que está no mesmo lado da barricada que eu, em que parece que só temos deveres.

O mais curioso é termos essa mesma benevolência para com os nossos governantes, gente que também só têm direitos...

Claro que no final bate tudo certo, os fulanos que só têm direitos ficam num dos lados da balança, e os outros, que só tem deveres, ficam na outra e fica tudo equilibrado, pelo menos aparentemente...

O pior de tudo foi ter sido perseguido durante o dia pelo "malandro da opereta", capaz de extorquir dinheiro ao Sol por brilhar ou às nuvens por nos oferecerem algumas sombras.

Até pensei que talvez fosse boa ideia distribuir umas canas de pesca por aí, em vez do pescado que se encontra por aí nos "mercados" da segurança social.

O óleo é de Trent Gudmundsen.

4 comentários:

  1. Conheço vários gajos desses, com a minha idade e nunca vergaram a mola nem desapararam a casa dos velhos.
    Trabalham uns meses, depois ficam um ano ou dois a viver dos rendimentos do subsídio de desemprego.

    O mais cómico da cena, é passarem a vida a dizer mal de tudo e de todos.
    A mim chamam-me sortudo, por trabalhar há mais de quinze anos na mesma empresa.

    Só têm um nome, Luís, CHULOS!

    abraço

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  2. Quando uma parte da sociedade sente que outra parte só tem deveres, para que eles mantenham os seus direitos, está tudo perdido.

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  3. essa malta é terrível mesmo, finge que acredita que tem o "direito" de viver à custa do contribuinte, Rui. :)

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