segunda-feira, abril 28, 2008

Desembarque de Peixe


A Isabel Victor estava com saudades das pinturas de João Vaz (1859 - 1931), um artista plástico setubalense, que nos deixou coisas fabulosas, como este óleo, "Desembarque de Peixe", em Setúbal...
Nada como fazer-lhe a vontade, até porque este quadro tem muito que ver com o seu museu e com o seu trabalho...

sexta-feira, abril 25, 2008

Um Dia Histórico


25 de Abril não é apenas um feriado, pelo menos para mim...
É um dia histórico, em que se comemora uma Revolução especial, em foi possível derrubar um governo ditatorial e repressivo, sem derramar sangue e sem que fossem destilados ódios, com quase meio século, sem qualquer estimação...
Aconteceu assim... ainda bem.
Sei que bastava um disparo acidental, para que o dia se transformasse em noite.
Mas não, o único vermelho que ficou para a história, foi o vermelho dos cravos, que continuam bonitos e radiantes, em Abril...

Um dos sinais revolucionários, durante o PREC, mais coloridos, eram as pinturas de intervenção, como estas da imagem...

quarta-feira, abril 23, 2008

Não Um, Mas Dez Livros Especiais...


(Continuação do "Casario do Ginjal"...)

O encanto continuou com os “Bichos”, de Miguel Torga, contos tão especiais; com os “Sinais de Fogo”, de Jorge de Sena, uma obra estimulante para qualquer jovem, à procura do mundo...
Mais tarde encontro-me com o Ernest Hemingway, quase ocasionalmente, numa grande viagem pela Guerra Civil de Espanha, com o extraordinário, “Por Quem os Sinos Dobram”, não fosse eu também um idealista...
Depois, já em Lisboa, descubro a beleza dos bairros lisboetas, com “O Que Diz Molero”, uma obra que também se mistura a espaços com a banda desenhada e o cinema, artes muito próximas da minha aprendizagem cultural, de Dinis Machado, com quem fiz amizade, anos depois...

(A crónica continua nas "Viagens do Oeste", neste Dia de folhear e sorrir aos Livros...)

terça-feira, abril 22, 2008

A Nova "Ler"...

Hoje é apresentada a nova série da revista "Ler", que conta com o regresso do seu director mais carismático, o escritor Francisco José Viegas.

Apesar de se tratar de um segmento comercial difícil, espero que seja um sucesso e que os seus donos não desistam às primeiras, desta revista de livros e afins, agora mensal...

sábado, abril 19, 2008

Os Grandes Livros e os Livros Amigos...

Podemos gostar de livros, de várias maneiras...
A mais importante, é a que está unicamente ligada ao seu conteúdo, que nos faz sentir e pensar: «Grande Livro!»
Algumas destas obras, são de autores, que já nem pertencem ao mundo dos vivos, cujo único elo de ligação, são os livros...
Depois seguem-se outras razões, quase de ordem sentimental: o escritor de quem gostamos, pelo que lemos nos seus livros, nas suas entrevistas, de quem pensamos, que além, de ser um excelente escritor, é também uma boa pessoa...
E por fim, seguem-se os livros que quase se colocam atrás das pessoas que os escrevem. Estão longe de ser grandes obras literárias, mas foram escritos por amigos e amigas, que nos dizem muito, e ainda por cima, têm quase sempre, dedicatórias especiais...
Estes livros têm um lugar especial na minha estante, são tocados de uma forma diferente, são os Livros Amigos...

quinta-feira, abril 17, 2008

O Futebol é Isto!

O jogo de ontem foi um espectáculo, teve tudo o que deve ter um grande jogo de futebol: golos, emoção e incerteza no resultado, até ao fim.
Claro que preferia que o Benfica tivesse ganho, mas não fiquei muito triste. Triste e desiludido fiquei com a derrota de três a zero, em casa, com a Académica.
Ninguém diria que foram os mesmos jogadores (praticamente...), que perderam na Luz, a venderem tão cara a derrota em Alvalade... Esta parte (da motivação), é a que menos consigo perceber num jogador de futebol profissional, pago a preço de ouro...
Houve outras coisas, que já tinha percebido antes deste jogo. Por exemplo que João Moutinho pode, e deve, ser muito bem o patrão do meio-campo, que Scolari precisa (superior a um Deco nocturno e a um Maniche milanês vulgar...); que Quim é muito mais guarda-redes, que Ricardo; que Leo joga melhor com um pé, que Nelson ou Luís Filipe com os dois; e que Rui Costa, é um exemplo raro, como profissional e artista de futebol.

terça-feira, abril 15, 2008

Os Jogos Olímpicos e a China

A China continua na ordem do dia, devido à realização dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Os protestos avolumam-se e ganharam mais eco com o aproveitamento político, perfeitamente legítimo, do Tibete.
A "chama olímpica" não voltou a ter paz... no seu trajecto, até Pequim...
Na minha opinião todos estes movimentos contestários, contra os muitos atentados aos direitos humanos, praticados diariamente na China, só pecam por tardios. Deviam ter sido organizados quando ainda se estava a discutir a escolha do país, que iria receber os Jogos Olímpicos.
Claro que nos próximos tempos, os chineses vão "limpar" tudo à volta de Pequim. Até já estão a reduzir a produção industrial e a limitar a circulação automóvel, para diminuir os índices assustadores de poluição...
Obviamente, as pessoas indesejadas, também serão "varridas" para longe da Capital (será que os jornalistas estarão atentos?)...
Penso que os protestos só fariam sentido se se estendessem aos atletas. Se os grandes campeões dissessem, NÃO A PEQUIM.
Claro que isso não irá acontecer, porque iria destruir o trabalho e o sonho de milhares de atletas, que nos últimos quatro anos, treinaram afincadamente, com um único objectivo, lutarem pela conquista de uma medalha...
E entre esses milhares, encontram-se alguns portugueses (os da foto e ainda mais alguns...), especialmente em modalidades como a Vela, o Judo, o Triatlo ou o Atletismo.
Posso dizer, com conhecimento de causa, que iremos ter a representação portuguesa mais forte de sempre, com fortes possibilidades de conquistarmos, no mínimo, meia-dúzia de medalhas olímpicas.
E o Tibete como fica, durante e após os Jogos?
Esquecido... com algumas lembranças episódicas, como tem acontecido, nos últimos cinquenta anos...

segunda-feira, abril 14, 2008

Não é Trauliteiro Quem Quer...

Nos últimos anos, o que mais me tem irritado no futebol da segunda circular, têm sido as tentativas, frustradas, da imitação do discurso "trauliteiro" emanado pelo Papa do Norte.
Sempre que as coisas correm mal na Luz, lá vem o "vendedor de pneus", falar do "apito dourado"...e empurrar as culpas das derrotas, para cima dos árbitros...
Antes, na vizinhança, era o Dias da Cunha a discursar contra o "sistema", assim como outros papagaios menores, como o Malheiro, na Luz, sem esquecer a pandilha de Vale de Azevedo...
Tem sido um fartote de tiros de pólvora seca, para enganar e iludir os adeptos, que ainda não desistiram de visitar os estádios da Luz e o Alvalade XXI.
Todos nós sabemos que eles não sabem, nem conseguem chegar aos calcanhares do Papa, além de não terem seguidores fiéis como o "Bobby" e o "Tareco".
Mas também não é isso que se pretende nestes clubes (digo eu claro...). Pretende-se alguém cuja sabedoria e seriedade esteja acima destas quezílias, com vontade de construir realmente grandes equipas, e não de formar uma sociedade das nações, como é actualmente o Benfica (além do português, fala-se no balneário da luz: brasileiro, argentino, paraguaio, americano, grego, camaronês, jugoslavo, uruguaio, moçambicano, alemão, e claro o inglês...).
Até porque o verdadeiro "apito dourado" aconteceu nos anos noventa, onde realmente aconteceram coisas do arco da velha nos estádios de futebol, quando o guarda Abel e a sua trupe estavam no auge da "carreira".
Após a viragem do milénio a superioridade do Porto é de tal forma gritante dentro dos relvados, que só precisam que exista verdade desportiva, deixaram de necessitar de "jeitos", porque são nitidamente os melhores...
O boneco é do Rui, nos seus bons tempos da "Visão".

sexta-feira, abril 11, 2008

A Esperteza de Salazar

Há setenta e cinco anos, entrou em vigor uma nova constituição, que Salazar conseguiu fazer aprovar, através de um plesbicito especial (mesmo com a sua cara...) em que as abstenções também foram transformadas em votos favoráveis.
Estou a falar da Constituição de 1933, que abriu as portas ao Estado Novo, acabando com o multipartidarismo e com todos os laivos democráticos (praticamente inexistentes desde 1926), instaurando legalmente um regime autoritário e repressivo, que subordinava os direitos, a liberdade e garantias ao interesse superior do Estado, como qualquer ditadura que se prezasse...
Infelizmente hoje também se vê para aí muita gente com tentações destas, de puder um dia transformar a abstenção (cada vez maior...) em "sins"...

quinta-feira, abril 10, 2008

Suite de Fados


Este é um dos cartazes mais populares do fado, da autoria de um grande artista plástico de Lisboa, Stuart de Carvalhais, cuja vida foi também um grande fado...

terça-feira, abril 08, 2008

Paisagens de Outros Tempos (6)


A Costa de Caparica nos anos trinta era assim...
Um pequeno aglomerado de casas de gente do mar, relativamente próximas das águas e da areia da praia, ainda sem esporões e perigos de invasão do Oceano...

domingo, abril 06, 2008

Outras Músicas...

Ontem participei numa conversa acalorada sobre música portuguesa.
Com a minha natural teimosia, nunca desisti dos meus argumentos de que a música também é uma Arte e não apenas uma forma de se ganhar dinheiro.
Estranhei muitas coisas que fui ouvindo, inclusive o papel do meu sobrinho, com dezasseis anos, que também entrou em defesa desse fenómeno lusitano, que se chama, Tony Carreira, por este conseguir encher o Atlântico...
Claro que as "enchentes" não mudaram um milímetro sobre o que considero música de qualidade. Nunca poderei meter Rui Veloso, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Pedro Abrunhosa, no mesmo "saco" onde o Marco Paulo, o Tony Carreira ou o Emanuel dão música...
Continuo fiel ao que gosto e acho com qualidade. O Tony até pode encher estádios como o do Dragão ou da Luz, que isso não muda nada o que penso sobre ele, nem tão pouco o facto de ter na sua banda alguns dos melhores músicos portugueses (outro argumento usado para me convencerem)...
Nem sei se é verdade que ele tenha os melhores músicos, mas é normal que quando se actua no Atlântico, se tenha a devida noção das diferenças, em relação, por exemplo, às festas de aldeia. Sei que sempre houve excelentes músicos, que à falta de melhor, tinham o emprego certo de elementos da banda da Marinha, Força Aérea ou GNR... e não foi por isso que deixaram de ser bons músicos...
Não consigo olhar para a música (ou outra forma de Arte...), como uma "máquina de encher chouriços", nem consigo considerar genial alguém que canta sempre da mesma maneira, "baladas de cordel", por mais fans que tenha ou pavilhões que encha...
A escolha desta fotografia de David Fonseca, não é inocente. A sua pose, diz-me: «É tão bom pensarmos... e com a nossa cabeça, sabe muito melhor...»

sexta-feira, abril 04, 2008

Grito de Revolta na Madeira

Hoje comemora-se o 77º aniversário da Revolta da Madeira, que teve como principal protagonista o general Sousa Dias, exilado na Ilha e durou 28 dias, enervando, e de que maneira, os ditadores do Continente...
Muitas vezes fala-se do povo madeirense, como se ele não fosse muito personalizado, graças ao que nos vai chegando de Alberto João Jardim. Só que a nossa visão, não é exactamente a mesma dos habitantes da Ilha. E eles é que sabem com que linhas se cosem...
Esta "memória" serve também para falar de um livro evocativo da efeméride, "Lenços Brancos", uma narrativa escrita por Berta Helena, uma jornalista madeirense que resolveu "juntar bocadinhos" que ouviu aqui e ali (além da pesquisa histórica, claro...) e contar a história do avô, o sargento Firmino Camacho, oferecendo-nos um relato pessoal de como terá sido acolhida a Revolução na Ilha, que é uma agradável surpresa...

quarta-feira, abril 02, 2008

A Nossa Publicidade (8)


"Delta" é o meu café favorito...
Sei que a marca quase que se confunde com uma família alentejana...
Embora não conheça pessoalmente o "Clã Nabeiro", conheço algumas coisas boas que têm feito como "mecenas", neste país de gente que, mesmo quando têm bastante poder económico, revelam-se, quase sempre, mais oportunistas que "pontos" de oferta de oportunidades.
E claro, não posso esquecer o desenvolvimento de Campomaior, uma pequena terra alentejana que é quase um oásis no Sul...
É também por isso, que o café "Delta" é uma marca de confiança...