Ouvi-a com atenção e ternura, quando falava da casa dos avós rente à praia da Margueira, que um dia foi engolida, primeiro com a abertura da estrada até à Cova da Piedade e depois pelas obras dos estaleiros da Lisnave.
Foi ali, que ela e os irmãos aprenderam a nadar, sob o olhar atento do pai, que nadava muito bem e chegou a fazer vela com alguns cacilhenses, como o Álvaro Durão, que foi um grande velejador (até chegou a participar em regatas internacionais).
Nas férias grandes da escola passava ali os meses de Verão, a Margueira era a sua praia.
O que mais recorda da casa é o varandim com vista para o Tejo, sempre rodeado de flores, e o quarto de águas furtadas, que era seu e das primas, Matilde e Isabel, com uma excelente visão para a praia e para o Tejo.
Também me disse que chegou a fazer teatro no Ginásio Clube do Sul, porque precisavam de uma miúda mais ao menos como ela, para uma peça, de um autor brasileiro, Dias Gomes, com muitas personagens. A tia Dora levou-a e ela acabou por ficar com um pequeno papel. Gostou tanto que voltou a entrar em mais peças de teatro amador, mesmo depois de casada.
Foi tempo de falar do marido, o bom do Carlos, que conheceu num baile de Verão do Ginásio e a fez ficar de vez pela nossa Outra Banda.
O óleo é de Alejandra Caballero Santamaria.
Fez-me lembrar as futeboladas nos intervalos das aulas na Emidio Navarro no sítio descrito.
ResponderEliminarneste Dia do Pai, gostaria de te deixar este pequeno texto que cito e dedico com carinho e amizade:
ResponderEliminarTenho orgulho em ti, orgulho em quem acredita que sempre é possível. Em ti, que repartes o que recebes e voltas a receber o que ofereceste como natural recompensa da tua generosidade. Ser solidário, amante do amor, coração aberto aos outros e ao mundo. Tenho orgulho também na tua força, na tua coragem e na tua inspiração. Perdi a conta às vezes que respondeste a ofensas com um sorriso. Sempre que perdeste, ganhaste a admiração dos que venceram. Quando ganhaste, sempre procuraste não exibir a condição de vencedor. Porque acreditas, porque sabes que é possível ser melhor, ainda que não se ganhe sempre, e nem sempre acrescentemos alguma coisa à nossa vida quando ganhamos. E tenho orgulho em ti sobretudo porque nunca fazes seja o que for para conseguir esse orgulho, essa admiração genuína por parte dos que te conhecem e que nunca precisaram de fazer o mínimo esforço para gostar de ti. E porque é muito o carinho, a ternura, o amor que tens necessidade de oferecer à vida, sem nada esperar em troca. É por tudo isto, o imenso orgulho que tenho em ti.
Joaquim Pessoa (in) "Dia 318"
Ano Comum, Litexa Editora
Um grande abraço, Luís*
Feliz dia do pai, Luís
ResponderEliminarbeijinho
Tanta saudade! Tanta saudade!
ResponderEliminarE que lindo é o quadro! Mais uma vez, o bom gosto. Parabéns!
Beijinho.
memórias...
ResponderEliminargostei.
um beijo
Uma ternura de post.
ResponderEliminarUm abraço
não me tinha lembrado dessa variante, Carlos.
ResponderEliminarembora nesses tempos houvesse muitos campos em pousio para as futeboladas. :)
óptimo, Helena.
ResponderEliminardeixaste-me sem palavras, Alice.
ResponderEliminar(tão exagerada e tão querida)
foi, foi um dia giro, Maria.
ResponderEliminara minha filha fez-me algumas surpresas. :)
estragas-me com mimos, Graça. :)
ResponderEliminarmemórias boas, Piedade.
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