Não foi difícil concluir que estava a mais naquela sala. Já sonhara muita coisa, mas nunca com monarquias ou reis, era incapaz de sonhar com um mundo povoado de pessoas que se julgam mais iguais que as outras.
Foi por isso que saiu para ir à casa de banho e na volta ficou-se pelo bar, onde encontrou um piano a pedir um carinho. Perguntou ao rapaz do bar se podia experimentar o teclado, este disse que sim, espantado.
Sentou-se e ficou ali, esquecido do tempo, a encantar quem chegava, que ficava a ouvi-lo, como se alguém tivesse tido a feliz ideia de contratar um pianista para animar a tarde.
Quando se levantou reparou que o espaço antes vazio estava agora com mais de uma dúzia de pessoas, que o aplaudiram. Dirigiu-se ao balcão para pagar a bebida, mas o rapaz disse que estava paga. Foi a sua vez de o olhar espantado. Pegou num cigarro e foi conhecer a vista do terraço, para depois se fazer à estrada e desaparecer, de um filme, que a única coisa que teve de seu foi o piano do bar.
O óleo é de Alison Rector.
Realmente a musica é uma linguagem universal...
ResponderEliminarBonito, gostei muito
gostei que gostasses, Rita.
ResponderEliminarUm daqueles momentos enormes, onde cabe a vida toda.
ResponderEliminarBeijinhos :)
sim, Virginia.
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