domingo, janeiro 31, 2010

Uma Revolta Decisiva

O 31 de Janeiro de 1891 foi um dia decisivo para a República.

Embora a revolta militar republicana que teve lugar no Porto não tenha tido sucesso, as pessoas com um conhecimento mais profundo da realidade portuguesa, perceberam que a monarquia tinha os dias contados. Algumas pela primeira vez...

sábado, janeiro 30, 2010

Diário do Meu Tio (um)

«Do meu grupo de amigos fui o único que fui à "guerra", fui o único que fiz parte de uma tropa especial. Isso tornou-me vaidoso, parecia um pavão e olhava com sobranceria para os meus companheiros, que se limitaram a fazer parte da logistica do exército, sem tempo e vontade para brincarem às guerras.

Hoje sinto vergonha da minha figura, de peito inchado, nas fotografias e na rua, mas nessa altura sentia orgulho em ser um deles, em fazer parte do clube dos "guerrilheiros" no mato e na cidade.»

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Essa Coisa a que Chamamos Memória...

Ontem era para escrever algo sobre o holocausto, mas não tive tempo, além de não saber muito bem o que dizer, olhando para o enorme espelho onde aparece reflectido este nosso país, tão "desmemorizado"...

Não tenho medo, apenas algum receio de que a história seja um pouco ingrata e até se "esqueça" de alguns pormenores significantes, que para uma certa intelectualidade conservadora e de direita, são mais desvalorizados do que o que deveriam.
Custa-me ler algumas barbaridades que aparecem por aí, reparar nos "pozinhos" que vão colocando aqui e ali, em volta de Salazar, ao ponto do ditador ser considerado por vários historiadores como o nosso grande estadista do século XX. Tentam apagar todas as nuvens cinzentas que o rodeiam, dando outros nomes ao atraso e miséria a que nos votou, e claro, às incontáveis perseguições políticas que fez, para se perpetuar no poder.
Não sei se terão o desplante de chamar ao "Campo da Morte Lenta", "Colónia Balnear" do Tarrafal, mas neste país quase tudo é possível...
Claro que não é só no nosso país, há alguns historiadores, intelectuais e políticos, anti-semitas que também tentam "apagar" a existência do holocausto. Felizmente para a história universal o Campo de Auschwitz, existe, não o transformaram numa estância turística nem num condomínio privado, como já fizeram com a sede da PIDE e querem fazer com o Forte de Peniche...

terça-feira, janeiro 26, 2010

Ironias da Evolução dos Tempos

Honório também mudou com os tempos, agora não consegue andar sem o seu fato completo, na sua tarefa de meio tempo que lhe oferece alguns "degraus" para a longa viagem para o céu.

Antes vendia bíblias, agora oferece-as, dantes recebia uma percentagem das vendas, agora recebe um prémio pelas ofertas.
Mas não pensem que a sua tarefa é mais fácil. Cada vez há menos gente que queira receber como presente a bíblia, mesmo de graça.
As coisas só melhoraram um pouco, quando Saramago lhe chamou "Manual de Maus Costumes".
Percebeu pela primeira vez que as pessoas gostavam mais de livros de maus costumes que de obras com histórias exemplares. Sim, que para Honório, a Bíblia é o melhor dos livros.
A fotografia é de Elliot Erwitt.

(Talvez esta história seja desenvolvida e entre num dos livros de contos que vou escrevendo, com e sem vento...)

segunda-feira, janeiro 25, 2010

O Habitual Fechar de Olhos

O "principe", aliás, o "rei", afinal parece que se arrependeu e já não quer a democracia para Angola.

Os nossos governantes evitam falar do assunto, porque além de alguma dependência económica em relação a este colosso africano, começam a existir muitos interesses naquela terra cheia de potencialidades e riquezas naturais.
José Eduardo Águalusa, além de excelente escritor, ama o seu país, mas gosta ainda mais de Liberdade.
Ele hoje resumiu muito bem o que está a passar em Angola no "I".

domingo, janeiro 24, 2010

Quando o Sol Brilha Abrem-se Janelas

Quando o Sol brilha abrem-se as janelas, as portas, tira-se uma cadeira e aproveitam-se os raios da estrela gigante, que segundo os entendidos, faz bem aos ossos.
Mas não é só aos ossos, o Sol também faz muito bem à alma, abre rostos e liberta sorrisos.
Não tenho nada contra a chuva e contra o nevoeiro, mas não me via a viver em Londres, por exemplo.
Este bonito óleo com cores quentes é de August Macke.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Encontros Imprevistos

Hoje encontrei o Rui. Já não o via há mais de meia-dúzia de anos.

Gostei de o ver. Continua a viver próximo da adolescência, apesar de ter um filhote quase da sua altura, o João, que nos fez perceber que a vida corre demasiado depressa, pois também já entrou na adolescência, com os seus catorze anos.
A música ainda não o cansou. Canta numa banda que deambula de bar em bar, sempre que pode, nas proximidades do seu Barreiro.
Lembrámos histórias passadas na cidade fabril que já não existe, das noites de nevoeiro, com o ar povoado dos ácidos libertados pelas torres de fumo, de um café na parte detrás de uma rua que deve estar muito diferente, onde paravam a Zé, a Cila e a Isabel. Sorrimos ao recordar que a poluição até nem era má de todo, pelo menos para as garotas da Vila, quase todas giras...
Apesar daquela "maluquice" aparente, a sua história familiar sempre me fez lembrar um "fado triste", por não conhecer nada parecido.
Começou com a sua mãe, professora amorável, que foi mãe solteira, no começo da década de setenta. Depois foi a vez dele, no final dos anos oitenta. Com apenas quinze anos sem perceber muito bem como, engravidou uma colega de escola, que seria mãe do seu filho. Filho que foi afastado dele pelos pais da amiga, durante os primeiros anos. Nem sequer quiseram ouvir falar nele para pai do neto, muito menos para genro...
Pouco tempo depois foi a vez da Ana, a sua irmã, ser mãe também solteira.
Parece quase coisa de novela ou história de cordel, mas é mesmo verdade. O engraçado é que são tudo pessoas positivas, que andam para a frente com a vida, apesar dos percalços.
Gostei de ver o Rui, apesar de o sentir um pouco cansado. Não tenho muito jeito para moralista, principalmente em relação a amigos que adoram furar regras. Foi por isso que fingi não ligar a pequenos pormenores, como o de que continua a beber mais que a conta, a fazer durar até aos limites uma quase adolescência fora de prazo e a sonhar poder viver um dia apenas da música...
A ilustração é de Hart Benton. Aquele fumo é muito Barreiro.

terça-feira, janeiro 19, 2010

Ser Poeta é...

Ninguém dava nada por aquele homem, com buracos nos sapatos, barba de uma dúzia de dias e roupa com o cheiro de quem não tem uma boa relação com a água e o sabonete.

Sempre que se cruzava comigo, dava-me um olá e perguntava-me se eu já tinha começado a fumar. Era uma graça que usava, por não me poder cravar um cigarrito...
Nos dias quentes, quando me via passar sozinho, convidava-me sempre para beber uma imperial. Eu dizia quase sempre que sim. Desta não escapava. Comversávamos ao balcão de coisas alegres, distantes da vidinha. Até uma cagadela de pombo era mais importante que um primeiro-ministro...
Quando eu disse às pessoas que me rodeavam que o Avelino era poeta, riram-se e ficaram a pensar que eu tinha dito isso, pela sua vagabundagem e não pela sua criatividade. Tive de dizer que era um poeta a sério, com um bonito livro editado pela "e etc" e tudo.
Eles ainda não tinham percebido que ter um boné de coco, um laçarote, ou uma camisa de cetim, não era sinónimo de poeta, assim como ter o cabelo de cor azul ou laranja, não ditava o futuro de qualquer artista plástico.
Talvez nem soubessem que a criatividade oferecia dilemas terríveis, que o génio artístico roubava outras normalidades, afastando gente como o Avelino do palco da vida.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Sindicâncias à Portuguesa

Irrita-me muita coisa nos portugueses.

Uma delas é o mau hábito de discutir as coisas fora de sitio.
Não acho piada ao grupo de mães que se encontra à porta da escola onde a minha filha anda na pré-primária, sempre com uma lista enorme de reclamações, e que, raramente as vejo nas reuniões de pais a dizerem da sua justiça.
E ainda acho menos piada aos encontros de vão de escada, para dizer mal da vizinhança ou da administração do condomínio. Os "revolucionadores" normalmente baldam-se às assembleias de condomínios, apenas são bons a apresentar propostas nos sítios errados.
Infelizmente, isto caracteriza o comportamento de uma boa parte de nós e talvez explique o constante marcar passo do país...
Poderão perguntar: «e porque é não dizes nada a essa gente?» Bem, em relação às mães, está fora de hipótese abrir o bico. As pessoas são livres de falarem o que quiserem na rua. Se dissesse alguma coisa sei que acabava por ouvir o que não queria...
Já em relação ao condomínio, as coisas "piam" de maneira diferente. Já informei duas ou três pessoas do meu prédio que algumas das questões que colocam nas escadas têm um local próprio para serem apresentadas e discutidas. Agora só quero ver se vão continuar a não aparecer nas reuniões e a dizer que naquele fim de semana tiveram de ir para fora...
O óleo é de Camile Bombois.


sexta-feira, janeiro 15, 2010

Paradoxos, ou Talvez Não...

Fez-me confusão ver o "amigo" dos gatos da rua, a tentar correr com um felino, provavelmente maltez e livre, debaixo de um carro, com um cabo de vassoura. O homem estava em guarda, pronto para lhe dar uma cacetada.

Adorei ver o gato a escapar e ele a falhar o alvo. Não consegui conter o riso, enquanto ele chamava uma série de nomes feios ao bicho preto, que devia topar à distância "amigos de gatos" armados com cabos de qualquer coisa.
Continuei a minha caminhada, lembrando-me de um outro paradoxo, o facto de o meu pai ser caçador e gostar mais de animais que eu...
Sorri ao recordar que ele ainda nos tentou incutir o vicio da caça, a mim e ao meu irmão, mas não o conseguiu.
Provavelmente as caçadeiras vão acabar por "morrer" da mingua de tiros...

terça-feira, janeiro 12, 2010

A Vida é tão Estranha

Olhei para a mulher que entrara na estação, à procura de distracção para os olhos, enquanto não chegava um comboio que parasse em Vila Franca de Xira.

Poucos segundos depois senti que conhecia aquele olhar, só não consegui arranjar-lhe um mundo.
Não sei se pela insistência do meu olhar, ou por outra coisa qualquer, ela acabou por se virar sem se esquecer de sorrir.
Enquanto procurava um nome para lhe colar ao rosto, a mulher de fato violeta e boina caminhou na minha direcção.
Quando perdi as dúvidas sobre a sua identidade, já a tinha a menos de um metro de mim, a chamar-me pelo nome e a dizer que estava quase igual, como se o relógio tivesse parado no tempo.
Ela não, estava diferente. O cabelo tinha outra tonalidade, o corpo surgia mais largo, sem no entanto perder a elegância, estava mais mulher.
Tinham passado mais de vinte anos.
Sorri-lhe, enquanto perguntava: «nunca saíste daqui?»
Olhei-a como quem olha para um palácio, ela continuava a sorrir, com um dos sorrisos mais bonitos que conhecera e respondeu-me à letra: «saí. Dei duas voltas ao mundo, até saber que te ia encontrar aqui.»
Foi ali que nos conhecemos, foi ali que nos separámos, foi ali que nos reencontrámos...

A vida é tão estranha...

domingo, janeiro 10, 2010

Conversa de Rua com Gelo

Foi um dia de gelo, muita chuva, o Sol só apareceu a curtos espaços, para que estas duas senhoras colocassem a conversa em dia, provavelmente à porta de casa, depois de uma ida à missa.
O frio por aqui na Margem Sul anda rente aos zeros, só não cai neve por vergonha e pelo bafo com algum sal do Tejo...

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Um Dia Histórico

O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado hoje, no nosso parlamento, fazendo do dia 8 de Janeiro de 2010 um marco histórico na nossa sociedade.
Embora também pense que não seja a prioridade das prioridades do país (excepto para a minoria gay, claro), acho normal a aprovação.
E não consigo perceber os argumentos da maior parte das pessoas que se manifestam contra o casamento. Se a homossexualidade existe, se há pessoas do mesmo sexo que se amam e vivem em comum, porque razão não se devem tornar estas relações amorosas legais?
Espera aí, se calhar até percebo. Provavelmente "eles e elas" gostam mais de viver num país faz de conta, onde o tio do primo tem uns tiques femininos, mas isso só aconteceu porque viveu sempre no meio de mulheres. Além disso até é casado com uma mulher. Ou aquela mulher que se veste como os homens e até fala com voz grossa, mas é tia solteirona apenas por opção, não tem nada a ver com sexo...
É por isso que o tal tio do primo, também é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para ele a homossexualidade é uma coisa clandestina, mais tipo "parque eduardo VII", onde se colocam cabeleiras, pintam-se os lábios e fazem-se uns engates. E a "mulher-homem", também prefere as festas secretas de apartamento, apenas abertas a mulheres que preferem brinquedos de plástico, com e sem pilhas, a homens.
Mas depois no dia seguinte, não se passa nada. E se tiverem oportunidade até vão à missa rezar um padre nosso ou um avé maria, e fica tudo resolvido...
E ambos são capazes de votar contra o casamento de homossexuais, tal como fizeram os seus companheiros e companheiras no parlamento, que compôem os grupos parlamentares conservadores, que gostam de homens e de mulheres, mas não são "gays"...
Felizmente a "santa hipocrisia" da nossa sociedade começa a levar nas lonas...

terça-feira, janeiro 05, 2010

Os Joelhos da Dona Rosa

O pior que deve existir na vida de um famoso (homem ou mulher), é ter de fazer parte, involuntariamente, de milhentas de fabulações, de gente que não se enxerga e é capaz de inventar as histórias mais sórdidas, só para aparecer numa revista ou jornal.

O último que foi apanhado na armadilha, desta vez, é mesmo um Tigre, que embora escondido, continua completamente acossado de mulheres, com preço, capazes de confessar os seus pecados, mesmo que não tenham passado de sonhos com o "rei" do golfe.
Cristiano Ronaldo também sabe bem o que é ter mais fama que proveito...
A história dos "joelhos da dona Rosa", apesar de pertencer apenas à rua dos "remediados", também tem a sua graça e foi-me contada pelo Carlos, um homem que já ultrapassou os setenta e cuja elegância se mantém intacta. Quando era jovem, fazia de tal forma sucesso entre as mulheres, que se viu envolvido em várias histórias, sem ter parte activa. Uma delas valeu-lhe mesmo uma perseguição infernal de um pai e de um irmão, que o obrigaram a desaparecer de circulação durante uns dias.
Hoje sorri, quando afirma que só reparou bem nos joelhos da dona Rosa, nas aulas de hidroginástica matinais que ambos frequentam. Mas na época apanhou cá um destes sustos. E sem nunca ter falado sequer com a jovem, que pelos vistos "sonhava" com ele, ao ponto de ser capaz de inventar uma "daquelas histórias" lá em casa...
Embora continue a não falar com a senhora, gosta de olhar para ela, para a embaraçar, já que ela ainda hoje não é capaz de o olhar de frente.
É a sua pequena vingança...
O óleo é de Edvard Munch.

domingo, janeiro 03, 2010

A Luta por um Ideal

Hoje comemora-se o 50º aniversário da Fuga de Peniche, que devolveu a liberdade a Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Joaquim Gomes, Francisco Miguel, José Carlos, Pedro Soares, Guilherme Carvalho, Rógério de Carvalho, Francisco Rodrigues e Carlos Costa.

O "DN" oferece-nos uma entrevista feita por João Céu e Silva a Maria Eugénia Cunhal, irmã de Álvaro Cunhal.
A parte que mais me impressionou foi a frase que Eugénia nos oferece, como desabafo da mãe sobre a situação do filho: «Um rapaz tão inteligente, que podia ser tudo o que quisesse na vida, ou está na clandestinidade a passar mal ou na prisão.»
Ele escolheu a luta contra o fascismo, e não se saiu nada mal. É uma figura incontornável da história da resistência portuguesa contra o salazarismo e marcelismo.
Escolhi esta ilustração de Rogério Ribeiro do romance, "Até Amanhã Camaradas", que assinou como Manuel Tiago, porque numa entrevista que lhe fiz para o "Record" ele disse-me: «Numa situação muito particular, pratiquei intensamente ciclismo com todo o tempo, por vezes com médias diárias superiores a 50 quilómetros e Lisboa-Porto em duas ou três etapas...»

sábado, janeiro 02, 2010

Quando o Nome era Mais Importante que as Palavras...

Há histórias que ouvimos contar por aí, que parecem autênticas anedotas. Umas de bom gosto, outras nem tanto.
Do jornalismo já sabia, que muito antes de surgir a "era virtual", já havia quem escrevesse notícias do quotidiano sem sair da sua poltrona da redacção. O problema era quando por qualquer motivo as inaugurações ou as visitas eram adiadas e algumas notícias acabavam mesmo por sair, entrando com os pés e as mãos no anedotário jornalistico...
Mas há outras ainda mais mázinhas, que falam de senhores que se achavam com o poder de "fabricar" ou "destruir" artistas, fossem pintores, escritores ou actores, bem à imagem da União Nacional.

A história que me contaram, e que me afiançaram que era verdadeira, passou-se nos anos sessenta. Um crítico literário salazarista disse a um jovem escritor, bastante promissor, que se ele não mudasse de nome, nunca seria ninguém na literatura, acrescentando mesmo que nunca leria nada dele. O jovem sorriu quase sem jeito.
Teimoso, não mudou de nome e só publicou o primeiro livro depois de Abril.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Um Café sem Balanças

Os anos passam por nós, uns a seguir aos outros, sem grandes novidades.

Não faço grandes balanços. Quando leio as escolhas dos críticos de cinema, literatura, teatro ou música, sinto que estou ligeiramente deslocado no tempo, nas escolhas e nos gostos.
Teatro e música, percebo que esteja ultrapassado. Raramente vou ao teatro. em relação à música, sei que parei um bocado no tempo, além de desconhecer as "vedetas" da actualidade, fixo os meus ouvidos naqueles que gosto e não me canso de ouvir (sim, os Clã, Rodrigo Leão, Caetano Veloso, Jorge Palma, Xutos, Cristina Branco, JPSimões, etc). E ao contrário da rádio, passo cá por casa, quase exclusivamente música portuguesa...
Gosto muito de cinema. Mas também sinto que já vivemos tempos melhores (parece que sou um conservador...), por outro lado, cada vez visito menos as salas da "pipoca". Clint Eastwood continua excelente (Gran Torino), tenho alguma curiosidade em ver "Sacanas sem Lei", de Tarantino, assim como "Inimigos Públicos" e o recente "Sherlock Holmes".
Voltei a ler livros, sem ser por obrigação. Li pela primeira vez Rodrigues dos Santos e não fiquei iludido nem desiludido, mesmo que já seja o "senhor milhão". Foi o que esperava. Dos mais badalados do ano, tenho a certeza que não vou ler "Cain". "2666", tenho curiosidade, mas mais mil páginas? são quatro, cinco romances dos que têm a minha medida. Não sei...
Acabei de ler "4 & 1 Quarto" de Rita Ferro e quero ler "Leite Derramado" do xico e também "As Mulheres de Meu Pai", de Agualusa e ainda "O Último Cabalista de Lisboa", de Zimler, e claro, muitos dos que estão na "estante de espera"...