segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O Meu Jornal das Segundas

A segunda-feira sempre foi, e é, um dia difícil para todos nós. Por ser o primeiro dia de qualquer coisa, que nem sempre é aquilo que desejamos ou merecemos.

Talvez por isso, começo muitas segundas a folhear as páginas de "A Bola".

Apesar da carga dramática que existe em vários acontecimentos do fim de semana desportivo, acaba sempre por ser uma leitura descontraída. Provavelmente por olhar para todas as reportagens e opiniões com a certeza de que o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira...
A escolha do jornal tem muito a ver com o facto de se encontrarem por ali, todas as classificações desportivas, da primeira liga aos regionais, passando pelas camadas jovens e pelas ditas "amadoras".
Além do Benfica, passo sempre os olhos pelo Caldas, pelos clubes de Almada (Cova da Piedade, Pescadores e Almada) e por outros "emblemas", que por razões várias, não consigo ser indiferente, mesmo que estejam em divisões inferiores (Belenenses, Boavista, S. Covilhã, Sesimbra, Gaierense, Peniche, etc), ou sejam de outros países, como o Real Madrid (hoje o clube internacional mais português) e o mítico Manchester United.
Parece consensual que o Benfica está em alta, mas dificilmente ultrapassará o F.C.Porto, um dos únicos clubes que ganha mesmo quando joga mal. No fim da tabela aparece agora o Portimonense, praticamente condenado à descida, graças à sua aposta num treinador cujo nome Carlos Azenha, bem poderia ser substituído por Carlos "Azelha". Até agora, nas suas passagens pelo Vitória de Setúbal e Portimonense, não conseguiu ganhar um único jogo na primeira liga.
Na segunda divisão o S. Covilhã foi vitima de um daqueles árbitros que nos deixam sempre na dúvida: se são realmente desonestos ou simplesmente incompetentes. Marcou uma grande penalidade contra a equipa serrana (que não existiu e até espantou os jogadores do Estoril...) e não marcou outra evidente (mão na bola...) a seu favor, que deixou os jogadores, treinador e adeptos completamente indignados. Achei curiosa a nota do jornal, que disse que João Pinto (o treinador) não compareceu na conferência de imprensa, por não estar em condições psicológicas para falar aos jornalistas...
É verdade, o árbitro chama-se Luís Catita...

São estas coisas que fazem com que o futebol não possa ser levado muito a sério. E espanta-me muito que as pessoas ainda vão aos estádios, porque os tempos são outros e há muita coisa para se fazer aos domingos, contrariamente ao que se passava antes de 1974...

E também me devia espantar por continuar a gostar de ler "A Bola", à segunda-feira. Mas há hábitos que não mudam...

A imagem que ilustra o texto não é inocente. É a forma de homenagear uma das maiores figuras do desporto português, o prof. Moniz Pereira, que fez noventa anos no dia 11 de Fevereiro...

4 comentários:

  1. Luisamigo

    Antes do mais, obrigado pela visita e pela participação. Quero que voltes - e voltes a aconcorrer numa próxima oportunidade. E que me (per)sigas e que comentes. São ORDENS!!!! hahahahaha

    Esta imagem e este texto dizem-me muitíssimérrimo: leio A BOLA desde que os meus nove anos, o que significa há sessenta... O meu Pai comprva-a e... E até sou masoquista, i.e., sportinguista...

    Escrevi crónicas em A Bola durante oito anos.

    Conheço Mário Moniz Pereira há cerca de quarenta anos. Está tudo dito.

    Abç

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  2. De futebol não percebo nada, mas compreendo a necessidade de lerem os jornais desportivos e ouvir os relatos.
    De certa forma podemos comparar com as nossas revistas de moda ou "cor de rosa".Às vezes tenho necessidade de me distrair e de não pensar em nada, de extravazar.

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  3. olá Henrique.

    sim, "a bola" continua a ter um encanto dificil de descrever, mesmo sem a beleza das palavras do Pinhão, Miranda, Santos e Farinha...

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  4. é, em parte é isso, Anita.

    afasta-nos da realidade...

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