A sua presença fazia-se notar porque havia nele muita coisa copiada dos filmes, desde o penteado, a maneira de olhar, à pose, demasiado fabricada. Era possível descobrir por ali coisas de Paul Newman, apesar de ter os olhos castanhos, e até de Marlon Brando, nos seus bons tempos.
Havia ali muito ensaio, muitas passagens em frente do espelho, ou seja, muita transpiração e muito amor a um certo cinema, quase romântico.
O mistério e o deslumbre só foi quebrado quando a "personagem" teve de falar. A voz fina não correspondia em nada ao estilo publicitado.
Lembrei-me de imediato da passagem dos actores do cinema mudo para o sonoro, no qual foi necessário efectuar dobragens, para manter as cabeças de cartaz mais populares da sétima arte, até se ter decidido que a imagem não bastava para ser actor, também era necessária voz...
Charlie Chaplin teve alguma dificuldade e até relutância na passagem do mudo para o sonoro. Afinal, saiu-se bem!
ResponderEliminarBom fim-de-semana.
:-)
ResponderEliminarbeijinhos.
Luís, a voz tem um poder de fascinação ou de repulsa verdadeiramente insuspeitável. Tanto que o contrário do que conta também acontece. Uma voz de baixo ou de barítono triplica a virilidade de qualquer homem e até pode acrescentar uns centímetros às estaturas menos abonadas. ;-D
ResponderEliminarmas que fez sonhar muitas rapariguinhas, lá isso fez :)
ResponderEliminarA questão da "sincronização" da voz à imagem é de vital importãncia, sim. um pouco ao contrário, não me esqueço da "desilusão" que senti, quando conheci o dono de uma voz da rádio que admirava há uns muitos anos, e que, ao fim e ao cabo nada tinha a ver com a imagem a que lhe associava. logicamente o impacto inicial foi-se desvanecendo tendo em conta a qualidade do que dizia e a profundidade da voz, afinal, ancoradouro da minha paixoneta platónica :)
Charlie Chaplin era um génio, Carlos.
ResponderEliminarsó beijinhos e sorrisos, Filoxera?
ResponderEliminartambém é verdade, Luisa. :)
ResponderEliminarpois é, Maré, a rádio tem o efeito contrário.
ResponderEliminara voz faz imaginar outras fisionomias...