sábado, agosto 12, 2023

O velho lema: "unidos contra tudo e contra todos"


Não vou falar do treinador do FC Porto, que se recusou a abandonar o banco de suplentes depois de ter sido expulso, após gesticular, gritar e insultar o árbitro (segundo o relatório do juíz da partida, não ficou satisfeito com o seu comportamento rente ao relvado e no túnel de acesso aos balneários voltou a insultar o árbitro...).

Vou falar sim da permissividade da justiça deste futebol português em relação ao FC Porto (algo que dura há décadas...), pródigo em atitudes que tentam contrariar as leis de jogo e influenciar as decisões dos árbitros em seu benefício. Sempre que este apita contra a equipa, toda a gente do banco de suplentes se levanta, grita, insulta e barafusta, ameaçando em alguns casos invadir o terreno de jogo.

No relvado os jogadores têm o mesmo tipo de comportamento. Adoram rodear o árbitro (e até empurrar), quando apita a favor do adversário, tentando influenciar as suas atitudes (o que conseguem, mais vezes do que deviam, daí insistirem neste tipo de pressão, jornada após jornada...).

Uma boa parte dos adeptos do clube do Norte, defendem estas atitudes, assim como os seus dirigentes, que nunca tiveram uma palavra de desagrado para com o técnico, que já foi expulso 24 vezes (14 com as cores do Clube), prejudicando e oferecendo uma má imagem do clube para o País e para o Mundo.

O mais curioso é que, normalmente, tanto o Clube como o Treinador ainda se fazem de vítimas em todas estas situações. Enchem a boca com a ausência de "verdade desportiva". Em sua defesa falam de perseguição (desde os árbitros aos jornalistas de Lisboa...) e erguem a frase gasta que lhes dá força para ganharem títulos (dizem eles...): «Unidos contra tudo e contra todos.»

Provavelmente, só quando existir coragem para punir o Clube e o Treinador, exemplarmente, é que eles começarão a perceber que afinal não são mais iguais que os outros...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


8 comentários:

  1. Será porque o Porto é uma nação? :))

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Nāo tivesse eu lido num blog, e há pouco tempo, sobre esse treinador e o seu compartmento repreensível (palavra minha), nāo teria compreendido este teu artigo.
    É que futebol, para mim, resume-se a duas palavras... Cristiano Ronaldo. :)))
    Parece que ele tem feito muito pelo club para chegar onde chegou. Mas, assim a priori, e independentemente do talento como treinador, não parece um compartmento exemplar de desportivismo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. “Compartmento” em duplicado já é demais. Quando escrevo no tablet acontece...

      Eliminar
    2. Há um sentimento de impunidade no nosso futebol, Catarina.

      E isso só contribui para o aumento de violência, dentro e fora dos relvados.

      Eliminar
  3. Sobre o clube propriamente, que é o tema principal deste artigo, a impressāo que tenho é que os seus elementos sāo arrogantes, que se distanciam dos outros com aquela tendência de superioridade como que pertencessem a outra naçāo como disse a RV... :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Clube e o Treinador são useiros e vezeiros em situações destas.

      E depois fazem-se de vítimas, o que torna tudo ainda mais absurdo e até vergonhoso.

      Eliminar
  4. O futebol anda a ser um mau exemplo do que deve ser o desporto.
    Uma boa semana.
    Um abraço.

    ResponderEliminar