Não me embalo nem me incomodo com estas cantorias e alegria alheia.
A "velha do restelo" que me acompanha diz, «que pena na segunda-feira voltar a ser tudo como era...»
Há mais ironia que vontade de parar este tempo que, entre outras coisas, deu férias aos ministros e secretários de estado que adoram enfiar os pés nos buracos das estradas...
Eu sei que ela tem razão mas mantenho-me em silêncio, a olhar esta multidão quase jovem, que junta a calma e a alegria ao ruído, sem fazer tremer as calçadas.
Antes de subirmos à cidade, assistimos ao embarque lento de uma multidão de gente de todas as cores e raças no cacilheiro.
Penso que agora sim, imitamos os "velhos do restelo", mesmo que sejamos apenas "velhos de Cacilhas", cativos no cais, à espera dos dias normais de Agosto nas cidades.
Ao contrário das calçadas, o cacilheiro, sim, deve abanar com tanta gente e tanta canção por metro quadrado...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Os políticos estiveram de férias, mas as comunidades onde os eventos aconteceram viveram momentos de grande diversidade e de grande sucesso económico. E isso é bom. Não importa que os habitantes desses bairros/cidades tivessem passado por uma pequena inconveniência... para o bem comum. : )
ResponderEliminarNão tanto como pensavam, Catarina.
EliminarAinda é cedo para se fazerem contas, mas...
Os hotéis aumentaram os preços e como resultado ficaram a "meia-casa". Muitos dos restaurantes que contavam ficar esgotados durante estes dias, também se queixam que os peregrinos só comiam sandes... Até o dono da mercearia do meu bairro disse que só vendeu uma água de litro e meio a uma peregrina...
O que fica, com toda a certeza, é a visita do Papa (inesquecível para todos aqueles que participaram nas Jornadas) e a recuperação de mais uma área, que se tornará mais verde, e tem como companhia o Tejo.