domingo, agosto 13, 2023

A facilidade com que se fala dos filhos dos outros...


Não sei o que os jovens pensam hoje, dentro das relações, dos namoros, como reagem a possíveis traições. Acredito que as coisas não sejam assim tão diferentes como as pintam alguns filmes e telenovelas, e que permaneçam vivos os mesmos sentimentos e hábitos de sempre, com uma relação a dois, a ser apenas a dois, com uma qualquer terceira pessoa a estar sempre a mais.

Com uma filha e um filho, de 18 e de 25 anos, limito-me a observar de longe os seus namoros. Mesmo que o meu filho tenha uma relação já com alguns anos, há perguntas que não lhes faço. Claro que por isto ou por aquilo, poderia acontecer uma conversa e ficar a saber o que pensam de quem salta de relação em relação, quase semanalmente, ou quem tem namorados em duplicado. Mas nunca aconteceu. E não serei eu a iniciar qualquer diálogo sobre o assunto.

Lá estou a "esticar a caneta"... Embora não tenha mudado de rua, já ia quase na esquina...

A conversa aconteceu quase à entrada do meu prédio, à passagem de uma miúda gira, por sinal, "coleccionadora de namorados", filha de um conhecido nosso. O vizinho de baixo disse que aquela rapariga tinha tudo para acabar mal, nas mãos de qualquer tipo ordinário. E acrescentou, que era isso que normalmente acontecia aos homens e mulheres que, escolhem, escolhem, para depois, acabarem "mal servidos".

Limitei-me a sorrir, sem acrescentar nada à conversa. Enquanto subia as escadas pensava na facilidade que existe em se falar dos filhos dos outros...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


2 comentários:

  1. Suspeito que esse vizinho nāo teria feito esse comentário se ela fosse um rapaz.

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    1. Claro que não, Catarina.

      Vai demorar anos a ultrapassar este "machismo" que nos foi incutido durante séculos...

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