Com uma filha e um filho, de 18 e de 25 anos, limito-me a observar de longe os seus namoros. Mesmo que o meu filho tenha uma relação já com alguns anos, há perguntas que não lhes faço. Claro que por isto ou por aquilo, poderia acontecer uma conversa e ficar a saber o que pensam de quem salta de relação em relação, quase semanalmente, ou quem tem namorados em duplicado. Mas nunca aconteceu. E não serei eu a iniciar qualquer diálogo sobre o assunto.
Lá estou a "esticar a caneta"... Embora não tenha mudado de rua, já ia quase na esquina...
A conversa aconteceu quase à entrada do meu prédio, à passagem de uma miúda gira, por sinal, "coleccionadora de namorados", filha de um conhecido nosso. O vizinho de baixo disse que aquela rapariga tinha tudo para acabar mal, nas mãos de qualquer tipo ordinário. E acrescentou, que era isso que normalmente acontecia aos homens e mulheres que, escolhem, escolhem, para depois, acabarem "mal servidos".
Limitei-me a sorrir, sem acrescentar nada à conversa. Enquanto subia as escadas pensava na facilidade que existe em se falar dos filhos dos outros...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Suspeito que esse vizinho nāo teria feito esse comentário se ela fosse um rapaz.
ResponderEliminarClaro que não, Catarina.
EliminarVai demorar anos a ultrapassar este "machismo" que nos foi incutido durante séculos...