terça-feira, agosto 08, 2023

«Não são as profissões que nos tornam pessoas estranhas, embora existam profissões mais estranhas que outras»


Quando eu disse que «não são as profissões que tornam as pessoas estranhas», estava longe de pensar para onde seguiria a conversa. O que podia ser entendido apenas como um lugar-comum ou como uma verdade lapalissiana, levou-nos para outros lugares. E ainda bem.

Gostamos de simplificar as coisas. É por isso que passamos a vida a dizer outro lugar-comum (falso como judas diga-se de passagem): "a vida  não é complicada, nós é que gostamos de complicar as coisas... "

Claro que há vidas muito mais complicadas que outras, e por mais que nos esforcemos, nem sempre se consegue tornar tudo mais fácil. Porque normalmente há sempre "terceiros" envolvidos, que tanto nos podem facilitar ou dificultar as coisas...

Quando o Pedro disse que não são as profissões que nos escolhem a nós, somos nós que as escolhemos, percebi que era dia dos "lugares-comuns"...

E quando demos por isso já se falava de divórcios, de profissões quase sem horários de trabalho e com deslocações para longe (jornalistas, vendedores ou polícias de investigação) e de outras, com mais serões que o normal, embora fossem mais bem pagas (políticos, advogados, juízes, médicos ou enfermeiros), que tornavam mais difícil o equilíbrio familiar. 

E para fim de conversa uma das moçoilas que estava na mesa disse: «Não são as profissões que nos tornam pessoas estranhas, embora existam profissões mais estranhas que outras.» Os lugares-comuns tinham vindo para ficar.

 (Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


2 comentários:

  1. Bom dia, gosto muito desta sua fotografia, do melhor que tenho visto, claro que o cenário ajuda, é das escadarias mais belas do mundo do Arq. Siza, outra profissão cada vez mais estranha, mas gosto do contraluz e das cores e claro do instante do movimento das pessoas

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    1. É um lugar com magia, pela luz que passa, pelas pessoas que sobem e descem, Luiz.

      Bem vindo ao Largo.

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