Foi por isso que me limitei a ouvir as lamentações de quem estava com vontade de mudar de casa, por ter cada vez menos paciência para aturar gente "porca e mal educada", quase porta sim, porta sim. O Rui há muito que percebeu que é ele que está a mais no seu prédio, mas se o orçamento não dava para mudanças há meia dúzia de anos, as coisas pioraram muito nos últimos tempos...
Senti-me um felizardo no meu prédio, onde ninguém deita lenços sujos para o chão e por lá ficam, até à limpeza das escadas. E só um ou outro é que não tem cuidado com a porta da rua e da própria casa, talvez por gostar do "eco" que sobe as escadas mais depressa que qualquer um de nós. Também não há cenas de violência doméstica, com ameaças e gritos, daqueles que quase que abanam a estrutura de cimento do edifício...
Limitei-me a sorrir quando o Chico disse que «a vizinhança é como os melões, não se vê por fora o que está lá dentro.»
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Ter bons vizinhos é muito importante. O ambiente é mais seguro e a qualidade de vida é igualmente melhor para todos.
ResponderEliminarTens razão, ajuda muito, Catarina.
EliminarÉ tudo mais calmo e seguro.
Sabe tão bem receber um sorriso logo de manhã com um bom dia...
Vivi muito pouco tempo num apartamento.
ResponderEliminarA minha casa é geminada e raramente vejo os vizinhos.
A minha sogra dizia vezes sem conta "Deus nos livre de maus vizinhos de ao pé da porta."
Abraço
Às vezes questiono-me se fomos feitos mesmo para viver em comunidade, Rosa.
EliminarPorque assim que subimos no "elevador social", tentamos viver isolados e com muros à nossa volta...
Voltando à má vizinhança, lá nos diz a sabedoria popular, que mais vale só que mal acompanhado.
Nós humanos vivemos num mar de contradições.