Eu sei que era pequeno, mas tudo aquilo continua enorme dentro da minha memória ...
As ruas várias cheias de barracas onde se vendia um pouco de tudo. Lembro-me do vendedor de roupa, a novidade da época eram os "cobertores eléctricos". Eles faziam leilões, parece que ainda os estou a ouvir, "aí vai uma, vão duas, duas e meio e três (mas numa versão mais lenta). E o cobertor vai para o senhor de chapéu e gravata azul. Parabéns amigo, fez uma óptima compra". E assim que mudava de artigo começava novo leilão... Lembro-me também das farturas. A mãe comprava sempre uma dúzia, que comíamos quando chegávamos a casa com chá ou café.
Mas a parte que gostava mais era o local onde se concentravam as diversões que se instalavam no campo de futebol do Caldas (a equipa tinha de treinar noutro lugar...), o circo, os carros de choque, o carrocel, o poço da morte. Foi ali, com toda a certeza, que vi os primeiros palhaços, os primeiros trapezistas e afins...
Podia ter-me dado para pior, mesmo que a Mata da Rainha continue a ser um lugar cheio de memórias.
(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)
Também tive um 15 de agosto parecido, Luís.
ResponderEliminarCrescemos e as coisas diminuem...
Iris
Pois é, Iris.
Eliminarcrescemos e a dimensão das coisas fica diferente. :)
Recordo-me das feiras, mas não necessariamente nesse dia. Nem me lembro quando se realizavam, lembro-me, sim, dos carros de choque que adorava conduzir. Mais tarde, o instrutor de condução chegou a perguntar-me se eu já tinha conduzido antes. Sim, respondi, carros de choque.
ResponderEliminarTodas as terras tinham as suas feiras anuais, que eram um acontecimento local, Catarina.
EliminarPois é, todos começámos a conduzir aos choques. :)