Quem queria fugir do país a salto, conseguia-o, fosse para fugir à guerra, fosse para procurar uma vida com mais sentido material. Claro que tinha sempre de pagar a alguém... Muitas vezes dentro do próprio poder (os guardas fronteiriços não "fechavam os olhos" de graça...).
Hoje continuamos com as mesmas características, mas com menos repressão e vigilância (o fim das fronteiras com a entrada na União Europeia agravou o problema...). Não é por isso de estranhar que sejamos um dos pontos mais apetecíveis do Velho Continente para todos os tipos de tráficos, com relevância para o da droga e dos seres humanos.
Um dos indícios dos aumentos destes crimes são as apreensões de droga (que são os melhores indicadores de que entra cada vez mais no nosso país...) e a descoberta de emigrantes ilegais, aqui e ali, que além de explorados, quase que vivem em "escravidão" (os exemplos na agricultura intensiva do Alentejo, na apanha de bivalves nas margens do Tejo ou até em pretensas academias de futebol falam por si...).
Fico com a sensação de que só agora é as autoridades estão a acordar para este flagelo social, devido a "descobertas" quase ocasionais. Ou então através do velho método de sempre: a denúncia anónima...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Em todo o caso chegam cá vivos!
ResponderEliminarAbraço
Uma boa maneira portuguesa de ver a coisa, Rosa.
EliminarTráfico de seres humanos? De drogas já me tinham falado... mas de humanos?!
ResponderEliminarAté mostraram na televisão!
EliminarAbraço
Há já algum tempo que há tráfico de seres humanos entre nós, Catarina.
EliminarTalvez tenha começado com as prostitutas (tanto do Leste como do Brasil) e depois foi mudando. O mais curioso é que normalmente são os naturais desses países a explorarem os conterrâneos...