quinta-feira, janeiro 05, 2012

Transições


Hoje assisti a uma comunicação brilhante, sobre "Tradições Almadenses e Democracia Contemporânea", na "Tertúlia do Dragão", organizada pela SCALA em Almada.

A viagem histórica feita em redor do associativismo almadense, que foi durante mais de um século decisivo na formação e educação de milhares de jovens, que frequentaram as suas escolas de música, bibliotecas, núcleos desportivos e grupos cénicos, enquanto o Estado olhava para o lado, "esquecido" das suas responsabilidades, foi deliciosa. 

Não menos importante foi a ligação feita na parte final, à contemporaneidade, em que nos fez reflectir sobre a sociedade em que vivemos e sobre a qualidade da sua democracia.


As várias intervenções dos tertulianos, por caminhos diferentes, como convém nestas situações, foram interrompidas pelo "maldito relógio".  Ficámos mais uma vez com a sensação que ficou tanto por dizer, porque o "tempo" gosta sempre de nos interromper...

Quando vinha para casa dei por mim a pensar que estamos a caminhar para uma época de transições, a vários níveis. Acredito que algo se irá passar de verdadeiramente revolucionário  a nível planetário, tanto em termos económicos como sociais. Sinto que o mundo vai ser uma coisa diferente, só espero que melhor.

Obrigado Vitor! 

Escolhi este óleo de Henry Jules Jean Geoffroy porque sei que grande parte das revoluções são feitas por jovens, graças à sua "inconsciência", tantas vezes libertadora...

4 comentários:

  1. [caminhar para uma época de transições, a vários níveis]. É isso Luís. Ainda bem que as pessoas vão percebendo isso. As respostas políticas para os novos tempos, já não podem ser com os mecanismos ideológicos como até aqui. Marxismo, socialismo (social-democracia)e de mais teorias económicas e filosóficas já não terão correspondência para a nova ERA tecnológica e global (globalização) para onde caminhamos e que foram apanágio da revolução industrial.
    É para melhor ou será para pior! Também não sei. Mas perceber que um "mundo" está a terminar e um outro se avizinha, já é muito importante.

    Abraço

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  2. Esperemos que sim! Não podemos ser pessimistas, não é verdade?

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  3. quando as crises se prolongam, só pode significar que algo vai mudar, Carlos, de uma forma revolucionária.

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