No sábado fomos jantar com três casais amigos e a meio da noite dei por mim a imaginar como era o ambiente das tabernas, que nunca frequentei.
Um dos anfitriões tinha bebido mais que a conta e não só falava demasiado alto, como se intrometia em todas as conversas, só com um objectivo, torná-las impossíveis, inventando discussões sem pés nem cabeça, que nos deixavam a olhar uns para os outros.
A sua companheira começou a cantarolar, tentando desanuviar o ambiente. Ele respondeu-lhe com um grito, o que fez com que as outras mulheres também começassem a cantar.
Não sei se já via a dobrar, o que é certo é que começou a sorrir, perante a pertinente solidariedade feminina, apelidando-as de "vozes de cana rachada".
Inventou mais discussões, até comigo. Ignorei-o e comecei a falar com outro amigo, até por não ter grande intimidade com ele, a amiga era a Laura.
No fim da noite recordei que aturei várias bebedeiras pela noite dentro, mas tive quase sempre a sorte de ter amigos com "bom vinho", incapazes de estragar (ou pelo menos tentar) um jantar de amigos.
O óleo é de Alfredo Garcia Gil.
Como dizia alguém, o vinho é tão bom amigo que não tolera que abusem dele... e a vingança é terrível.
ResponderEliminarUm abraço
há pessoas que não deviam beber...
ResponderEliminaré mesmo, Elvira.
ResponderEliminaro problema é serem terceiros a pagaram os excessos...
muitas, muitas, Piedade.
ResponderEliminarÉ uma tristeza pessoas que não sabem beber.
ResponderEliminarEu isso, muito francamente, já não aturo.
muito triste, mesmo, George.
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