Há muitas coisas que aprendemos só com o olhar, com os exemplos daqueles que amamos e aprendemos a admirar pela vida toda, muitas vezes sem ser preciso o uso das palavras.
São as lições de vida...
O meu pai não falava muito, era capaz de dizer muito apenas com uma palavra.
Lembro-me de ir de mão dada com ele pela rua e de sermos cumprimentados com vénias por alguns vizinhos, a quem dava o bom dia ou boa tarde, quase sem os olhar. Percebia pelo seu olhar que era gente a quem não se devia dar qualquer tipo de confiança.
Além de ser alto e forte, esta sua forma de estar inspirava medo, por isso é que nunca teve grandes problemas, ninguém o tentou "domar", mesmo antes de 1974, nos tempos "idílicos da bufaria" (que infelizmente parecem estar a voltar...).
Hoje sinto que muito do que sou, devo-o aos seus exemplos pouco palavrosos, mas tão certeiros, no reconhecimento dos "bons e maus", por mais máscaras que usem.
E como gostei hoje de dizer ao "papagaio", que é um ás no auto-elogio e no "corte e costura", para falar mais baixo, ou então para mudar de sala...
O óleo é de Ted Seth Jacobs.
As poucas palavras por vezes “metem” respeito! : )
ResponderEliminarNão entendi o final do texto porque não percebi quem era o dito papagaio. Mas a bondade de se aprender pelo exemplo não está apenas no "ensinador" senão, e muito, no aprendente.
ResponderEliminarBeijinhos de fim de semana.
dão-nos espaço, Catarina.
ResponderEliminara distância é boa conselheira.
não te vou dizer quem é o papagaio, porque não é "ninguém", é um ser insignificante que se julga muito importante.
ResponderEliminarcomo ninguém lhe dá conversa, fala ele (alto), quase que faz as perguntas e dá as respostas, Graça, sem se esquecer de escolher as melhores, para "brilhar" pateticamente (imagino que conheces ou conheceste gente assim, que tenta arranjar palco em qualquer lado).
como me senti incomodado, pedi-lhe para falar mais baixo ou então mudar de lugar, porque eu, ao contrário dele, estava a trabalhar para a causa colectiva. :)
:)
ResponderEliminarComo te entendo.
mas como estamos no tempo dos "papagaios", Laura. :)
ResponderEliminarHá pessoas assim. Impõem respeito apenas com um olhar.
ResponderEliminarUm abraço
há muitas formas de ser, muitas formas de amar, Elvira. :)
ResponderEliminar