«Tens dúvidas que os folhetins de jornal suplantam os nossos romances?»
Claro que tinha todas as dúvidas, quanto mais não fosse, por fugir a sete pés dos romances de terceira qualidade, vendidos por aí como "best-sellers".
A segunda pergunta ainda foi mais forte: «conheces algum escritor capaz de criar uma personagem, que para tentar chegar ao terreno pantanoso da fama instantânea, desvenda o segredo de ser filho do "estripador" de Lisboa?»
Sorri, afinal de contas era uma piada...
Mas o Gui estava imparável. «Tenho outra ainda mais forte para ti. Conheces algum espião nos livros ou no cinema, que em vez de investigar os casos no terreno anda a trocar segredos de avental e a ouvir música clássica?»
Nova piada, novo sorriso.
Percebi que não valia a pena explicar que ficção não era isso, não era a "corruptela" da realidade, era algo que gostava mais do "acaso" que das "páginas dos jornais"...
Não ia... até porque corria o risco de me enganar mais uma vez. Nada me diz que um desses autores que também apresentam telejornais, não vá pegar num destes assuntos e o transforme em mais um "best-seller"...
O óleo é de Marcel Franquelim.
Pode muito bem acontecer... Até porque os folhetins dos jornais suplantam mesmo e em larga escala, os folhetins dos romances. Agora são os maçons que estão na berlinda e, enquanto isso, quase não nos apercebemos (eles querem que não nos apercebamos!) da baixa das pensões dos velhos, do aumento dos bens de 1ª necessidade, do aumento das taxas moderadoras, do aumento do desemprego, etc., etc.
ResponderEliminarBeijinhos
é, nunca como hoje se taparam os verdadeiros problemas com "fair-divers", Carol, na comunicação social.
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