Passámos estes fim de semana com feriado nas Caldas da Rainha.
Apesar do microclima do Oeste ter feito das suas - no sábado á noite até caiu aquela "cacimba", que não molha apenas parvos -, foram três dias bem passados.
No sábado estivemos na "Livraria 107", onde comprámos alguns livros. Falei com a Isabel, que me confidenciou que não vai mesmo conseguir manter aquele espaço, tão familiar e do bom tempo em que vender livros era tarefa de quem os ama e conhece como ninguém...
A Praça da Fruta continua única, poderá estar ultrapassada no tempo, mas aquele regatear adocicado (pelo menos para quem está habituado aos preços tabelados), assim como o orgulho em que dizem que tudo o que vendem é das suas várzeas do Oeste, são únicos.
E muitas flores naturais (como as da fotografia, sim os girassóis são verdadeiros), em ramos e arranjos, a preços convidativos.
Também visitámos no domingo a Quinta dos Lóridos, onde o Berardo "plantou" o seu Jardim do Oriente (em princípio escreverei sobre isso nas "Viagens").
Hoje, depois de almoço regressámos à Margem Sul. Saímos das Caldas com nevoeiro e uma temperatura de pouco mais de vinte graus e chegámos a Almada com trinta e quatro.
Como eu gosto daquela frescura, ao contrário do resto da família...
Que boa escapadela! Desses passeios também gosto. São suficientes para recarregarmos as baterias e enfrentar a semana. : )
ResponderEliminarAdoro passeios assim. E na calçada de um prédio aqui na rua, bem pertinho do meu, plantaram girassóis no jardim.
ResponderEliminarBeijos, Luis
Gosto muito da Região do Oeste. Dos passeios pela Nazaré, S. Martinho, Foz do Arelho, Salir dos Matos e outras praias mas também gosto muito das Caldas. Pelo artesanato, pela fruta, pelos comeres e beberes tradicionais. Quanto à 107, o tempo que vivemos é implacável quanto à cultura,fecha portas um "monumento" da cidade.Por onde passo, visito sempre livrarias, ponto de passagem obrigatório, e lamento que esta se veja obrigada a encerrar as portas. Sabes, o dinheiro é pouco e a barriga está primeiro mas lamento que os livros sejam taxados de forma a fazer deles objecto de luxo. Infelizmente é lamentável! Cá por mim, enquanto puder, continuarão a ser os meus presentinhos preferidos.
ResponderEliminarBem-hajas!
Beijinhos
Ontem, segunda-feira, foi o mau tempo que fêz com que alterasse os "planos de voo" e em lugar de rumar às Caldas para almoçar, deixei-me levar pelo vento e quando dei por mim estava em Alcochete. Fui surpreendido pelas festas do barrete verde. Se soubesse antecipadamente, teria "feito agulha" noutro sentido.
ResponderEliminarA crise fêz no entanto, com que não me tivesse arrependido; ao contrário de anos anteriores, Alcochete estava quase "às moscas". Ainda bem... detesto multidões.
Depois de uma volta longa pela marginal, embrenhei-me nas ruelas semi-enfeitadas, atravessei os largos, olhei as frontarias e, por volta do meio-dia, sentei-me num banco da praça, em frente à igreja matriz, junto a um grupo de idosos da terra, que à sombra, recordavam outros tempos. Caí como abelha no mel, no meio daqueles castiços muito bem dispostos a quem fui sacando informações dos tempos em que andavam descalços, em calções, joelhos esfolados a dar mergulhos toscos no cais da vila.
-Eram tempos muito difíceis, sabe?!
Mas as pessoas eram mais alegres. Não havia muito para comer, como hoje, mas havia amizade e as pessoas, mesmo sem ter nada, ajudavam-se umas às outras. Hoje... é tudo a ver quem rouba mais.
Diz logo outro, apressadamente:
-É que naquele tempo, no tempo em que éramos miudos, havia trabalho para todos, ou nas secas do bacalhau, ou nas salinas, ou na pesca, ou nas fragatas, na agricultura, o que era preciso era querer. E sabe?!
Quem não quisesse trabalhar era calão, a esses ninguem lhe dava a mão.
Resmunga outro lá da ponta do banco:
-Pois... é que havia muita necessidade, mas havia também muito orgulho e dignidade, mas isso agora já ninguem sabe o que é.
Passada uma hora de palheta, lá fui até à beira-rio, farejando as ementas expostas à porta dos vários restaurantes. Optei pelo "Petiscos do António" que me fez uma massada de peixe...
Hmmmmm!!!!
Estava de estalo!
pois são, Catarina. :)
ResponderEliminarentão está uma beleza, Cris.
ResponderEliminaro Oeste é uma maravilha, Isamar.
ResponderEliminartambém gosto muito de oferecer livros.
bela conversa à beira rio, Bartolomeu, para que a massada de peixe caisse melhor. :)
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarQuem sabe ensina-los a gostar!
é dificil gostar (e ensinar a gostar ainda mais) de nevoeiro nas manhãs de Verão, na praia, Laura.
ResponderEliminar(normalmente só íamos à praia á tarde...)
O clima de Caldas foi uma das razões por que 'voltei às origens'...
ResponderEliminarNão tenho saudades nenhumas da terra por onde também andaste, apenas de algumas pessoas.
Soubesse eu que vinhas para aqui e teríamos combinado um café...
Beijinho, Luís.
também penso muitas vezes regressar às origens, Maria.
ResponderEliminarpois podiamos. desta vez havia tempo, pois estive nas Caldas de sábado a segunda...
Gostei do post, e a fotografia é linda!...
ResponderEliminarBom fim-de-semana, Luis.
bom fim de semana também para ti, Filoxera.
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