Não sou muito bom em inglês, preciso quase sempre de tradutor quando falo com gente de fora ou passeio pelo Mundo. Mas ontem à noite nem foi preciso, num jantar onde esteve presente um casal que vive por cá, ele norueguês ela italiana.
Não, não falámos do "louco de Oslo", falámos sim desta Europa onde estamos. Laura, uma romana sem papas na língua, chamou fantoche ao Durão Barroso e culpou-o de ser um dos grandes responsáveis pela falta de identidade da União Europeia. E tem razão, com outro líder, menos "fantoche" (esta palavra diz quase tudo sobre a sua postura como governante), mais forte, os alemães talvez fossem forçados a respeitar os outros países, talvez fossemos mais uma "união europeia" e não esta coisa que está a marginalizar o Sul da Europa. Só falta dizerem que é preciso expulsar o nosso Sol, porque nos faz mal e nos torna improdutivos.
Quando quiseram saber se eu acreditava numa Europa unida, eu disse que sim, mas não esta, com tantas desigualdades e desequilíbrios. Dei como exemplo o nosso país: quando entrámos recebemos muito dinheiro, mas oferecemos como contrapartida, a quase destruição da agricultura e das pescas, ficando completamente reféns do exterior. Esta última então é completamente incompreensível, quando temos uma das maiores costas marítimas europeias.
Todos concordaram que a senhora Merkel acredita mais na Alemanha que na Europa...
O óleo é de Gugliemo Siega.
Muitos dizem que a salvação de Portugal será virar-se de novo para o mar mas que vai ser muito dispendioso ... As cedências que se fizeram ou que fizeram em nome dos portugueses foram tão destruidoras que os resultados estão à vista. Lamentável por falta de outra palavra mais forte.
ResponderEliminaro quadro foi muito bem escolhido para este texto. Como sempre...
ResponderEliminarEste modelo europeu está em falência e desmoronar-se-á de "per si", mais tarde ou mais cedo, pois não estou a ver soluções à vista.Seria muito bonita a união europeia noutros moldes mas enveredámos por um caminho que, me parece, nos foi fatal. Não quero ser profeta da desgraça, oxalá esteja enganada, mas creio que o escudo voltará ao nosso quotidiano com todas as consequências daí advindas.
ResponderEliminarA escolha das imagens é excelente. Parabéns!
Bem-hajas!
A minha ideia, Luís, é de que primeiro os Estados Unidos da Europa devia ter sido criado através de uma constituição política - salvaguardando as idiossincracias de cada país - só depois a questão da política monetária. Fez-se ao contrário. Em nome da igualdde monetária destruiu-se o que de melhor cada país tinha. Portugal sofreu com isso e por arrasto a Espanha a Itália, Irlanda e a Grécia, as economias mais débeis. E já que é a política monetária que está em jogo, a Alemanha e a França não querem abdicar do seu poder económico, porque desconfiam uma da outra (por razões de rivalidade histórica).
ResponderEliminarLuís, a Alemanha e a França, não nos ensinam a viver. Eles são os responsaveis por duas guerras mundiais, além das invasões napoleónicas em que o país foi vitima, como se sabe.
O nosso "cherne" está num buraco cheio de cobras. Agora que é um carreirista, isso é!
Fantoche - muito bem dito! Nunca entendi o que viram naquele "cherne" (sem ofensa para os chernes verdadeiros...) para o terem escolhido e... reeleito! Deve ter sido por ele não passar mesmo de um fantoche e portanto manipulável.
ResponderEliminarAcredito em cedências, mas também acho que abdicámos de demasiado pelo sonho europeu.
ResponderEliminarBeijinho, Luís
Num poema da Mensagem Portugal é o rosto da Europa e é com o olhar de nosso país que a Europa contempla o Ocidente!
ResponderEliminarE quem é que fez todas essas cedências na Agricultura e nas Pescas?!
Quanto a Durão Barroso ele tem que estar a fazer estragos nalgum lado, não é?
Como sempre belo quadro!
Abraço
o mar continua à nossa espera, Catarina.
ResponderEliminarpelo caminho noto que a hipocrisia é terrível, Cavaco que nos "vendeu" o mar à Europa, agora também diz que o mar é o nosso futuro.
não sei se o escudo volta, sei que com esta europa não vamos lá, Isamar.
ResponderEliminaré verdade, Carlos, fez-se tudo ao contrário.
ResponderEliminarpor cá só se contaram euros.
há gente mais europeia que outras, tal como os papistas em relação ao papa.
viram nele o gajo disposto a tudo, por um lugar e umas notas de euros, até a lamber botas, Carol. :)
ResponderEliminaragora está tudo complicado para cedências, Virginia.
ResponderEliminara corda está a partir-se pelo lado mais fraco...
os tecnoratas sabem lá quem é Pessoa, Rosa.
ResponderEliminarsó percebem de euros e dolares (para o bolso deles).