Além de "La Coca", li mais dois romances, "O Coração dos Homens", de Hugo Gonçalves e o "Hotel Memória", de João Tordo (que já tinha viajado para o Sul e acabou por regressar sem ser lido). Como sou o mais rápido a ler cá de casa e costumamos partilhar os livros nas férias, acabei por ficar "sem livro", o que fez com que comprássemos, "Histórias Daqui e Dali", de Luís Sepúlveda, na Feira do Livro de Tavira.
Além destas leituras, levei também três livros de poesia, "Obra Poética - VI", de Armindo Rodrigues, "Tempo da Cidade", de Rui Cinatti e a "Incidência da Luz", de Graça Pires, uma visita sempre agradável aqui no Largo. Os dois primeiros devido a um trabalho que estou a fazer e o último para dar a conhecer as palavras da Graça, sempre profundas e luminosas, que já tinha lido em Maio.
Mas vamos lá voltar à prosa: "O Coração dos Homens", é quase uma obra de ficção cientifica devido ao absurdo da sua história, a invenção de um país sem mulheres (e sem homossexuais...), ou seja sem amor. Embora se leia bem, não deixa de ser um livro estranho.
O "Hotel Memória", está muito bem escrito (João Tordo deve ser o escritor da sua geração que melhor escreve), mas continuo a achar que o João não se deixa agarrar pelas melhores histórias. Já o tinha sentido quando li o seu último romance. Desta vez a história circula em volta de um estudante, em Nova Iorque, que é quase triturado por uma torrente de acontecimentos do piorio, desde um amor, que lhe foge das mãos demasiado cedo, a incapacidade de continuar a estudar e a perda da bolsa de estudo, a vagabundagem, um emprego como lavador de pratos, mais rua até ser contratado para descobrir o paradeiro de um fadista português (Daniel da Silva). Levou longe demais a investigação, acabando por ficar sem um olho e com vários ossos quebrados. Mas acabou por encontrar o fadista, já sem sonhos musicais. Embora esteja bem escrito, há demasiados saltos na história e muitas pontas soltas.
As "Histórias Daqui e Dali", não são mais que uma colagem de crónicas inéditas do autor, publicadas ao longo dos anos. Ajudam a perceber a vida de Luís Sepúlveda nos anos que passou no exílio. Também desmonta algumas histórias e evoca amigos de sempre, alguns engolidos pela ditadura de Pinochet. Só por contar quem era o Velho que lia romances de amor (que deu origem a este belo romance), valeu a pena a leitura.
O que se chama: por a leitura em dia! : )
ResponderEliminarA leitura é um vício :-)
ResponderEliminarBeijinhos.
Quando ainda estava "no activo", aproveitava as férias de verão para ler o máximo de livros que podia. Belos tempos!
ResponderEliminarDesses que refere, já li o Hotel Memória. Também gostei bastante. Uma nova forma de literatura, mais jovem.
De todos os que referes só li Hotel Memória de João Tordo, como diz a Carol...e gostei.
ResponderEliminarQuanto ao La Coca, aproveitei a ida a Lisboa para o comprar.
A Amante Holandesa estava esgotado na FNAC e na Bertrand...
Lá vou ter de arranjar quem mo empreste. :-))
Continuação de boas leituras.
Abraço
sim, mas fiquei longe de colocar a leitura em dia, Catarina.
ResponderEliminartenho resmas de livros em fila. :)
e um prazer, Filoxera.
ResponderEliminareu aproveito, Carol.
ResponderEliminartambém vou querer ler os outros, Rosa.
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