segunda-feira, janeiro 31, 2011

A Simpatia Lusitana é um Bom Fado

Há quem ande a dizer por aí, que a simpatia lusitana já teve melhores dias, mas como muito bem dizia o Álvaro: «olhe que não, olhe que não.»

Os estrangeiros continuam a querer voltar ao nosso país pela sua beleza natural (os caciques não chegam a toda a parte, felizmente...), mas sobretudo, por serem bem recebidos, com uma simpatia muito própria e espontânea, que é capaz de colocar um velhinho ou uma velhinha de qualquer aldeia remota, a tentar comunicar de todas as formas, com gestos, palavras, algumas até quase "estrangeiras", em adaptações felizes do nosso português, coisa quase impossível de encontrar por esse mundo fora.

Também nos sabe bem encontrar portugueses pelo mundo fora (sim eu sei, de preferência um pouco mais longe que em Madrid ou Paris, aqui também se encontra com facilidade quem tente fugir de nós, ao ouvir a nossa bonita língua, talvez pela proximidade ou por um complexo qualquer, com um nome esquisito...).

Foi o que me contou o Gui, que esteve no Japão e graças a um "cruzamento" ocasional com um casal português, numa das ruas de Tóquio, acabou por jantar com eles e ajudá-los a matar saudades do país que não visitavam há mais de três anos.

É caso para dizer: ainda bem que a Simpatia Lusitana é um "destino"...

10 comentários:

  1. A simpatia natural especialmente fora das cidades, onde, contudo, não está ausente.

    Constatei-a agora nesta semana viajando no meu país.

    Há locais onde os encontros com outros portugueses desconhecidos nos deixam marcas. Lembro-me de um perdida no Massif des Bauges no coração dos Alpes. Entre o Monte Branco e Annecy numa estrada do "lá vai um" dois carros com matrícula portuguesa cruzaram-se pararam e as pessoas, à volta dum café, conversaram.

    Memórias.

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  2. tenho pensado muito nisto do criar empatias com pessoas que falam a mesma língua, pelo facto de se encontrarem num país estrangeiro e creio que devíamos aplicar o mesmo tipo de aproximação quando estamos em nossa casa. um beijinho, luís*

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  3. Somos um povo naturalmente simpático e hospitaleiro, embora nem sempre alegre, e também já somos um bocadinho desconfiados.
    Curiosamente quando encontramos um português longe no nosso País até nos apetece festejar, e onde quer que se vá, há sempre outro português além de nós.

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  4. é verdade, Helena.

    sabe tão bem ouvir a nossa lingua, a milhares de quilómetros da "pátria"...

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  5. e também acontece, mas é mais para o interior, Alice.

    onde as pessoas gostam de conversar com a gente de fora que chega.

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  6. mudámos bastante nos últimos 30 anos, Anita.

    a "riqueza" que veio da europa, trouxe muitos ques, além de politicos tecnocratas, que gostam mais de números que de pessoas...

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  7. Nós somos mesmo assim: dados, simpáticos, acolhedores. Estve há poucos dias na Suiça e nem queira saber como que os portugueses lá radicados que conhecemos entretanto nos receberam. Um espanto!

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  8. eu sei, Carol.

    e à medida que nos afastamos a simpatia aumenta...

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  9. felizmente ainda há uma língua comum que se partilha logo que os lábios insinuam um sorriso.
    e é curiosa a maleabilidade espontânea que ocorre e leva e traz, deixando um rasto de calor que faz a diferença dos povos.

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  10. não sei se somos únicos, sei que somos diferentes em algumas coisas, boas, Maré.

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