terça-feira, janeiro 11, 2011

«Estranha terra esta.»

Muitas vezes, mesmo sem conhecermos bem outras terras, outros continentes, somos capazes de dizer o pior de nós próprios, como povo.

Mas grave é quando a frase é dita por alguém que passa a vida a andar pelo mundo, como é o caso do Gui, produtor de documentários e realizador de cinema nas horas vagas.

Bebemos um café ontem, ao fim da tarde. Falámos de muita coisa, inclusive dos assuntos do momento: as presidenciais e o assassinato de Carlos Castro.

Claro que não nos escapou a mulher que disse nas notícias do almoço que Cantanhede estava solidária com o assassino.

Lembrei-me da nossa conversa hoje, ao ler no "DN", que a família e amigos preparam uma "manifestação pública" e até um "cordão humano" na cidade.

Tens toda a razão, Gui: «estranha terra esta.»

O óleo é de Jorge Gallego.

10 comentários:

  1. todos estes casos e estas reacções, deixam-nos sem saber o que pensar, Helena.

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  2. o mundo está a tornar-se um local cada vez mais estranho, Catarina.

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  3. as pessoas parece que deixaram de pensar, Piedade, de ter noção do ridiculo.

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  4. É uma terra estranha, com tendência a ficar cada vez mais estranha.
    Onde vamos parar?

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  5. é, parece que é sempre possível descer mais, até às "catacumbas" do mundo, Anita...

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  6. E o senhor padre também esteve metido na "brincadeira". Mas pior, acho eu, são as vergonhosas anedotas que já correm pelos mails. Adoro uma boa anedota de humor fino, mas estas são muito grosseiras.

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  7. não acho tão mal às anedotas porque fazem parte da nossa essência como portugueses, Carol.

    sempre que há qualquer drama aparecem logo meia dúzia de criativos a explorarem a "dor" alheia, com anedotas.

    foi em Entre-os-Rios, na Madeira e em qualquer outro lugar.

    maus são os comentários anónimos que têm vegetado por aí, nas caixas de jornais e até de blogues. se as pessoas pensam mesmo aquilo que escrevem, estamos tramados...

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