segunda-feira, janeiro 10, 2011

O Preço da Perversão Social

A morte de Carlos Castro pode e deve ter várias leituras, que não precisam de ser ofensivas ou homofóbicas. O jornalista pagou o preço (ainda que demasiado elevado...) da perversão que se instalou na sociedade e que passa a mensagem (ainda que sorrateiramente) de que toda a gente tem um preço e todos os caminhos são válidos para se chegar ao objectivo final.

É por essa razão que a qualidade humana e profissional é muitas vezes desviada para segundo plano, quando se trata de promover uma carinha laroca (menino ou menina) na televisão, na moda, na publicidade ou até num simples emprego.

Os jovens quando fazem "castings" para um papel numa telenovela ou para uma produção de moda, são instruídos desde cedo que é possível furar as regras, desde que sejam "simpáticos" para quem faz a escolha.

Quantos "machos latinos" não se aproveitam da beleza de algumas bonecas, que querem subir, chegar ao topo da "montanha" sem olharem a meios. O mesmo se passa com "homossexuais" (homens e mulheres), bem colocados em produtoras e agências, que sempre que podem tentam seduzir jovens, que sabem bem ao vão, por mais inocentes que pareçam...

Como nem toda a gente consegue aguentar a pressão do meio e as "estórias de enganos" em que se envolvem, muitos afogam-se no álcool e nas drogas, outros são capazes de fazer coisas impensáveis...

Esta "sociedade-espectáculo", sem se aperceber, está a fabricar "monstros" e "gente oca", que deambulam sorridentes no ambiente fictício que enche as televisões, de manhã à noite, cheio de "glamour" e de "lantejoulas"...
O óleo é de Pierre de Mougins.

10 comentários:

  1. Também me apetecia fazer assim um post. Mas não me apetece. Estou farto destas evidências.

    ResponderEliminar
  2. Concordo com o que dizes. E não disseste tudo...

    Beijinho, Luís.

    ResponderEliminar
  3. O óleo é lindíssimo, o episódio é imensamente triste.

    beijinho

    Gábi

    ResponderEliminar
  4. amenizou o texto coerente e real com o cruel da notícia em si, com o oleo do Pierre de Mougins.

    estou de acordo conrigo...

    beij

    ResponderEliminar
  5. todos estamos, Carlos.

    mas por ser tão evidente é que não vale a pena fingir que não se vê...

    ResponderEliminar
  6. nunca sabemos tudo, Maria...

    ResponderEliminar
  7. penso que sim (devia ter feito o mesmo no post seguinte, que ficou com uma imagem demasiado forte), Piedade.

    ResponderEliminar
  8. Gostei da maneira como o Luis escreveu sobre este caso, que chocou pelo macabro, e também por nos fazer pensar que há preços demasiado altos a pagar e por nos mostrar que os limites do ser humano não têm limites quando a loucura se sobrepõe ao razoavel.
    E isto pode acontecer na porta ao lado,numa casa quase igual à nossa.
    O mundo está louco!

    ResponderEliminar
  9. é um caso com muitas questões e por isso também muitas leituras, Anita.

    começa por ser macabro. mas depois dá muito que pensar e questionar.

    ResponderEliminar