sábado, setembro 10, 2022

Palavras que Passam ao Lado do "Alvo"...


Muitas vezes escrevemos, sem conseguir que quem nos lê perceba o que queremos mesmo dizer.

Nem se trata de se meterem algumas palavras nas "entrelinhas", trata-se sim, de não conseguirmos ser explícitos.

Pelos comentários que recebi no texto em que falava da "demasiada familiaridade" com que alguns escritores comunicavam com os leitores (e depois de uma segunda leitura), percebi que escrevi um pouco ao lado. 

O que queria mesmo referir era a "conversa directa" que surge impressa em alguns livros. Um bom exemplo do que acabo dizer é quando o escritor resolve utilizar a meio de qualquer capítulo a expressão: "como o leitor sabe...". Pois é, se ele sabe, não precisa de ser untado com "gordura" (palha também serve...).

Sei que há leitores e leitores, mas eu dispenso esta conversa "tu cá tu lá", dentro do livro, entre o autor e o "devorador" da história...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


7 comentários:

  1. Eu percebi mas continuo a achar é uma questão de estilo.

    Abraço

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    1. Claro que é uma questão de estilo, Rosa.

      E há cada estiloso. :)

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  2. Creio que a razão por que não comentei foi precisamente porque não tinha bem a certeza do que estavas a falar... : )
    Tenho lido livros em que há uma interação direta entre o leitor e a personagem. Não com o escritor.

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    1. Mas a personagem normalmente não fala com o leitor, sem autorização do autor, Catarina. :)

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  3. Depende da mestria do escritor.
    Não tenho lido os nossos candidatos aos vários nóbeis,residentes ou não. Acredito que se lhes refira.
    Mas na pré-história da literatura,contrastando com as actuais maravilhas,usava-se.
    Herculano,Garrett...
    Gosto das suas observações.
    jose

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    1. Acredito que sim, José.

      Mas continuo a achar desnecessárias as conversas entre narrador e leitor...

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