Sinto que esta ligação não é natural, há qualquer coisa de forçado e de postiço na construção romanesca, do autor ou autora. E pior, acho que não traz nenhuma vantagem para o leitor.
Pessoalmente, dispenso esta proximidade, gosto de algum distanciamento com a história e com o escritor. Não sinto nenhuma necessidade de o "tratar por tu", nem que ele me trate da mesma forma.
Também prescindo da excessiva informação dentro de um romance, que alguns autores usam e abusam, para tentar chegar às quinhentas páginas (Rodrigues dos Santos e Sousa Tavares, por exemplo, são useiros e vezeiros no uso desta "técnica").
Um romance não é um ensaio, deve deixar algum espaço para a imaginação do leitor...
(Fotografia de Luís Eme - Fonte da Pipa)
Boa tarde
ResponderEliminarDá a sensação de já conhecermos a história.
JR
Eu não fui demasiado explicito, Joaquim.
EliminarFalava daqueles escritores que são capazes de dizer coisas como: "O leitor sabe que os pintos quando nascem são carecas".
Nunca li Rodrigues dos Santos, nem Sousa Tavares.
ResponderEliminarAbraço e saúde
De José Rodrigues dos Santos só li um livro, mas do Miguel Sousa Tavares, tenho lido toda a sua obra, Elvira.
EliminarRodrigues dos Santos não faz parte das minhas leituras, de Sousa Tavares li " O Equador" e até gostei.
ResponderEliminarEssa familiaridade com o leitor decorre da criação de um narratário ou leitor ideal que passa a fazer parte da estrutura narrativa, é um estilo, penso eu.
Abraço
Mas muitas vezes é quase infantil, parece que o leitor precisa que lhe conte a história toda, Rosa.
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