sábado, abril 16, 2022

Um Homem de Bem (e um café especial)...


Começava a escurecer quando passei pelo café que frequentava nos meus primeiros tempos de Almada. Foi lá que conheci os primeiros amigos da cidade e também a minha companheira.

O dono estava cá fora e cumprimentámo-nos com a afabilidade do costume. 

É curioso, mesmo tendo deixado de ser cliente da casa, ele continua a tratar-me da mesma forma agradável de sempre.

Talvez ele saiba que se trata apenas de uma questão de geografia, de termos cafés mais perto de casa... Mas, mesmo assim, bem merecia que de vez enquanto aparecêssemos, para matar saudades e ajudar o negócio.

Até porque, reparo, que ele continua a ter o mesmo BMW que tinha há vinte anos. Talvez seja demasiado sério e boa pessoa para enriquecer de forma fácil, como acontece, por exemplo, com um dos vizinhos da minha rua detrás, também do ramo, que mesmo em plena pandemia, comprou um Jaguar vermelho, eléctrico, a estrear...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


8 comentários:

  1. Bom dia
    Há pessoas cuja simpatia nasce com elas e que merecem realmente um cumprimento .
    Neste caso não só o o vendedor como o cliente .

    JR

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    1. Quando existe empatia entre as pessoas, corre sempre tudo melhor, Joaquim.

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  2. Pessoas de Bem vão escasseando.
    O que é raro é valioso; neste caso, a dobrar.

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    1. Claro que sim, Filoxera.

      Achei relevante falar sobre isso porque já me aconteceu pessoas virarem a cara para o lado, por deixar de frequentar os seus estabelecimentos...

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  3. O aparecimento de cafés e restaurantes por todo o lado levam-nos a essa deserção e levam à dispersão dos amigos de antigamente.

    Abraço

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    1. Sim, Rosa.

      E os cafés já não estão "feitos" para os ambientes tertulianos, ou para as rodas de estudantes... querem que o cliente se sirva e siga.

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  4. Eu não costumo frequentar cafés. Vou lá só quando preciso de comer alguma coisa. Não me consigo concentrar numa leitura num café. E não gosto da vida de café. Manias....

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    1. Gosto dos cafés onde me sinto quase em casa, Maria.

      Nunca tive dificuldade em ler e escrever em cafés.

      Aprendi bastante em duas ou três tertúlias que frequentei, porque as conversas também servem para nos ensinar pequenos e grandes nadas.

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