segunda-feira, abril 18, 2022

Não Tínhamos de Ficar (quase) todos a Perder...


Há 25 anos já Maria João Seixas se queixava dos "malefícios" do aparecimento das televisões privadas: 

«Este fenómeno da banalização e vulgarização aconteceu em quase todos os países europeus onde surgiram canais privados. Foi uma interpretação do sentido de competição onde perdemos todos. Talvez tenham ganho alguns investidores... Eu recuso-me a imaginar que o gosto das pessoas é necessariamente  rafeiro.»

Só que o nível da programação não parou de descer, de 1997 até 2022. É quase como se o universo televisivo funcionasse no interior de um "poço sem fundo"... 

O que também não mudou foi a "converseta" dos programadores, que continuam a fingir que acreditam que apenas vão ao encontro do gosto das pessoas. 

E não tinha nada que ser assim... Não tínhamos de ficar (quase) todos a perder...

(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


4 comentários:

  1. Bom dia
    Há 25 anos foi uma bomba no bom sentido da palavra, e será ainda hoje para muita gente, mas o seu futuro não é muito promissor.

    JR

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    1. Não sei, tudo é diferente, Joaquim.

      Mas acho que algo mudará nos próximos 10 anos. Os jovens não ligam nada à televisão...

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  2. "Eu recuso-me a imaginar que o gosto das pessoas é necessariamente rafeiro.»

    Ó Luís continuas um sonhador (e, sinceramente, é tão bom saber que ainda há pessoas sonhadoras)!

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    1. A frase é da Maria João Seixas, Severino. Dita em 1997...

      E daí para cá, tem sido sempre a descer...

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