sexta-feira, abril 29, 2022

Um País com um Tempo Próprio... que se chama Depois...


Apesar da rapidez com o mundo se aproximou de nós, através da visualização dos múltiplos écrans que se ocupam de nós, diariamente, há coisas que não mudam, como o nosso tempo, que continua a ser muito próprio.

É por isso que só agora é que está a surgir com mais alarido o "metoo#" entre nós. E não surge por acaso,  no interior das universidades, onde milhares de jovens vivem pela primeira vez, longe dos pais, entregues a si próprios.

Além de tempos de descobertas, são também tempos de fragilidades, dos primeiros enganos, das primeiras grandes ilusões (e desilusões) amorosas... onde quase tudo parece ser possível, como nos filmes.

As meninas inocentes e giras sempre foram os principais alvos de alunos batidos e também de professores com alma de "dom juan". Muitas viviam primeiros amores com sexo à mistura e fingiam não perceber que uma boa parte das promessas de amor não passavam disso mesmo, de promessas (claro que também há sempre um grupo de alunas, tudo menos inocentes, que sabem que também é possível subir notas, em "sessões de estudo" mais viradas para anatomia, mas pertencem a outro "filme"...).

Isto vai ao encontro de uma realidade que sempre me fez confusão, mas que faz da natureza humana: a atracção que as mulheres têm por patifes. Mas não era disso que eu queria falar, era apenas de sermos um país com um tempo próprio, que se chama depois...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


5 comentários:

  1. As mulheres, apesar de todas as suas conquistas em direção à sua emancipação, continuam mulheres, ou seja, românticas, apaixonadas,delicadas. Pelo menos, a maioria delas. Daí a sua vulnerabilidade! Tenho uma filha que se vai casar em breve. Espero que tenha feito a escolha acertada e que seja " um amor para a vida toda". É o que parece, mas, como dizia a minha mãe " um casamento é uma carta fechada".
    Quanto ao país do depois, olha Luís, muitas vezes deixo coisas para depois. Já me sinto cansada do agora!

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    1. Sim, ainda sonham muito acordadas, com príncipes encantados, Maria. :)

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  2. Não sei se as mulheres de hoje são “delicadas” como diz a UmaMaria. : ) Muitas raparigas ficariam ofendidas com tal designação. ; ))) A sua experiência de vida começa muito mais cedo do que as das gerações anteriores e sabem, de uma maneira geral, o que querem. Apesar disso, a mais experiente pode, de facto, cair na maior “treta” de amor, nas promessas de um qualquer patife.
    O que a rapaziada precisa de aprender de uma vez por todas é que quando uma mulher diz “não”, é mesmo isso que ela quer dizer, “não.

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    1. Catarina, estou a referir-me a raparigas que não tiveram dificuldades económicas ao longo da sua vida. Que tiveram acesso a todas as comodidades, como é o caso da minha filha. Viagens com amigos, Faculdade, vida facilitada. Claro que é uma mulher agora e sabe bem o que quer mas há uma certa dose de delicadeza na sua maneira de ser. Faz parte do seu encanto pessoal 😊

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    2. Há muitas coisas que precisamos todos de aprender, Catarina.

      Se quisermos, claro...

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