Continuo a pensar que uma boa parte do acto criativo não se dá bem com uma vida demasiado certa e faustosa.
As dificuldades (que não precisam de ser extremas, ao ponto de não se ter comida no frigorífico ou uns trocos para beber uma bica ou comprar um maço de cigarros, para quem precisa de um pouco de fumo na vida...) fazem parte do dia a dia do "artista".
Ele gosta das "margens", precisa de se revoltar com o que vê, mas também com o que vive.
E Portugal continua a ser um país cheio de oportunidades, capaz de nos oferecer de "mão beijada", demasiadas personagens e situações absurdas, que além de terem o condão de nos chatear, também nos inspiram, mesmo que isso aconteça da pior maneira.
Há sempre um conto, uma canção, um filme ou uma peça de teatro, com um "filho da puta" e com uma "injustiça", na parte que não fica visível...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Concordo, eu não me dou nada bem com a vida demasiado certa, eu revolto-me com as leis, as burrocracias, os papeis, revolto-me com os agentes da PSP, GNR!
ResponderEliminarSou uma mulher muito pratica que se irrita facilmente quando vê uma tolice desnecessária, eu costumo dizer, quando a burocracia é muita a coisa passa a ser pouco funcional!
Eu gostava de sentir isso, que Portugal é um país cheio de oportunidades!
É isso, Micaela, muitas vezes precisamos de "pressão" e de "irritação", para criarmos. :)
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