Os anos que passam por nós dão-nos muitas coisas, para além daquelas mais físicas, sejam elas exteriores (como os cabelos brancos, as barrigas mais proeminentes...) ou interiores (como as dores musculares ou os castigos do fígado... isto de comer e beber tudo o que nos apetece, não dura para sempre...).
Uma das coisas de que gosto mais neste processo de maturação, é "ter dúvidas".
Se aos trinta achamos que já aprendemos tudo, que somos donos de um saber enciclopédico, sobre isto e aquilo, com o aproximar dos cinquenta, é vida quer ser outra coisa, até é capaz de começar a fazer o "pino".
O espelho obriga-nos a sorrir ou a fechar o rosto (não reagimos todos da mesma maneira...) e a deitar fora todas as "certezas" que tínhamos. Percebemos que sabe bem aprender coisas novas, ao ponto de darmos importância à descoberta de pequenos pormenores, que permaneceram "invisíveis" anos e anos, mesmo nas ruas que percorríamos quase diariamente.
Pois é, tanta coisa que a "voracidade dos dias" não nos deixava ver...
Sei que a memória também nos começa a pregar partidas, mas hoje só me apetece pensar na forma como olhamos as "coisas do mundo", que também se vai tornando diferente, para melhor...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Aos 50/60/70/80. Quanto mais nos aproximamos da meta final, mais descobrimos que afinal não sabíamos metade daquilo que julgávamos saber e maior é a nossa ânsia de conhecimento.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
Nem tudo é mau na "velhice", Elvira. :)
EliminarÉ verdade, década após década eu sinto que alguma coisa muda em mim, a maneira de ver o mundo e principalmente a maneira como reajo a determinadas situações, ou seja, a importância que dou a determinadas situações. Aprendi que a nossa felicidade e a nossa paz, depende muito do significado que damos a diversas situações ou problemas!
ResponderEliminarA vida é uma "escola", Micaela. :)
Eliminar