segunda-feira, abril 06, 2020

O "Covid", os Jornais e os Livros...


Neste momento de grande indefinição social, já se percebeu que há mudanças que vieram para ficar. O "tele-trabalho" será uma delas. Não tenho dúvidas que irá aumentar, em todos os sectores da sociedade, porque irá permitir reduções de despesas nas contas de "quem mais ordena".

Mas há dois sectores que me são queridos, que não voltarão a ser os mesmos. Falo do jornalismo e da literatura. A quebra das vendas nas bancas e da publicidade na imprensa irá acabar quase com a sua venda "em papel", a curto prazo.

O comunicado assinado por duas dezenas de directores de jornais e revistas sobre o aumento da "pirataria" (distribuição por e-mail, de forma gratuita - em pdf - para a rede "infinita" de amigos de jornais e revistas...), é o primeiro sinal do "medo" que impera num sector essencial, que tenta informar-nos segundo as regras  e de forma isenta, combatendo o "reino da mentira" nas redes sociais. Mas é também o alerta para um crime.

Só há uma maneira de ajudarmos, é assinarmos alguns deste órgãos de comunicação social - e até há boas promoções. Eu fiz mais duas assinaturas digitais (já era assinante de um semanário), de dois diários, um desportivo e outro generalista.

Já em relação aos livros, ainda não fiz nenhuma compra (não me faltam livros cá em casa para ler...), mas vou fazer, esta semana.

Estas são apenas duas das muitas maneiras que existem, de ajudar a nossa economia e quem trabalha (e tem de continuar a viver...).

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

14 comentários:

  1. Sem dúvida.
    Abraço e boa semana

    ResponderEliminar
  2. Muito boa sugestão, é sempre bom lembrar certas atitudes que podem fazer diferença!

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, ser solidário não apenas ajudar os "desgracadinhos", Micaela. Até porque o que não falta no nosso país são "desgraçadinhos" profissionais...

      Eliminar
  3. Sammy, o paquete07/04/20, 13:55

    Sou do tempo em que se dizia não existir uma boa manhã, sem o cheiro da tinta fresca de um jornal acabado de chegar às bancas.
    Boas manhãs podiam acontecer, mas não eram manhãs completas.
    Qualquer coisa a lembrar o «Apocalypse Now»: «I love the smell of napalm in the morning.»
    Hoje, é o que se sabe…
    Se eu compro um livro, sei que, pouco ou muito, o autor acabará (?) por ter alguma compensação monetária.
    Se compro um jornal, para onde vai o dinheiro?
    Os estagiários, os jornalistas, os quase nenhuns que existem, acabarão por ver alguma compensação?
    Tenho sérias dúvidas…
    Mas posso estar enganado… como, por norma, acaba por acontecer.
    Há dias reli um livro de Fernando Correia (não é o comentador desportivo) e Carla Baptista – «Memórias Vivas do Jornalismo» - constituído por entrevistas a jornalistas dos anos 40, 50 e 60 e acabei a chorar, algo que não me tinha acontecido na primeira leitura do livro.
    Não sei se me faço compreender?!...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois, nesse tempo, Sammy, até haviam jornais de manhã e de tarde.

      Como só havia um canal televisivo, sentia-se necessidade de saber coisas de "outros lados" do mundo.

      Eu não ligo ao pormenor dos "estagiários, etc", porque o jornalismo está mesmo em risco e há muita gente interessada em que se deixe de "investigar" (quantas investigações policiais não têm começado nos jornais?) e de noticiar com seriedade.

      Eliminar
  4. Passada a Pandemia nada mais será como dantes. Não tenhamos dúvidas nenhumas. E isso vai reflectir-se em todas as modalidades da sociedade
    .
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois não, Ricardo. E todos sabemos que vamos ficar pior...

      Eliminar
  5. Luís, já eu, tenho muitas dúvidas que o tele-trabalho irá aumentar em todos os sectores da sociedade. E tenho muita pena se a minha intuição se vier a confirmar.
    Continua a existir uma expressiva tradição fiscalizadora no trabalho, que inibe o salto para o foco sério no cumprimento de objectivos (e isso implicava uma definição séria, também, dos mesmos), em vez da importância que é dada às horas que se está nas instalações da entidade empregadora.

    De longe, prefiro o tele-trabalho; isso vai deixar saudades.
    O tele-trabalho não tem o pior do trabalho, e permite fazer melhor o trabalho.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Percebo muito bem o teu ponto de vista, Isabel.

      Até porque ainda há muitos patrões que pensam que os seus empregados produzem mais contrariados e reprimidos...

      Eliminar
    2. O tele-trabalho seria mais uma machadada tremenda nos direitos dos trabalhadores; deve ser repudiado totalmente porque não poderemos, de modo nenhum, voltar ao tempo do homem nas cavernas!
      Por favor ponham a cabecinha a trabalhar, pensem pensem...

      Eliminar
    3. Mas contra este "capitalismo", cada vez mais selvagem, podemos pouco, Severino...

      Eliminar
  6. Mas quando ouvi, ontem, uma caixa do Hipermercado Continente responder-me, quando eu salientei que isto agora é que está um negócio em grande para este tubarão, ela, em tom de lamentação, referiu de imediato "mas olhe que antes o negócio não estava assim grande coisa"...quando oiço esta "escrava do séc XXI" falar deste modo, está tudo dito...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Estava a fazer pela "vidinha", Severino.

      E olha que o que vem aí, só vai reforçar esta "escravidão"...

      Eliminar