Claro que quem não tem o hábito de "imaginar", de saltitar, por exemplo, entre a Lua e o cais do Ginjal, dificilmente percebe o que a Beatriz tentou dizer à Laura.
Sentados quase à frente de pessoas de outras nações, que falavam francês, italiano, espanhol, alemão e inglês, reparámos num grupo animado, que falava com os cotovelos, com as mãos, com os olhos e com o sorriso.
A Laura, curiosa como a Eva (dizem...), queria muito saber que palavras despertavam toda aquela linguagem gestual. A Beatriz sorriu-lhe e preferiu contar o que via, à sua maneira (através da imaginação...). A Laura não achou muita piada. E disse que isso era outra coisa.
A Beatriz não se ficou e explicou-lhe que «imaginar é outra forma de saber.»
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
E a Beatriz tem razão.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo.
Nós que somos fartos em imaginação, achamos que toda a gente é assim, Elvira.
EliminarMas o que não falta por aí é falta de imaginação. :)