Um rapazola que não devia ter muito mais de vinte anos descia a avenida montado num descapotável vermelho, de matrícula inglesa, com o volante ao contrário.
Como todos os "deslumbrados", olhava para todos os lados, a dizer que estava por cá.
Um homem parado no passeio disse para quem o quis ouvir: «Dá uns chutos na bola e acha que pode comprar o mundo». Se era assim, devia conhecer um pouco mais da vida do rapaz que o comum dos mortais, que estava por ali, naquele momento.
Sabia que basta jogar na terceira ou quarta divisão inglesa, para ganhar mais dinheiro, que muitos jogadores da nossa Primeira Liga...
Mesmo assim desejei que o rapaz soubesse que a vida de jogador dura apenas um instante. E por isso mesmo, que não passasse demasiado tempo a passear-se de descapotável...
Quando estava a chegar a casa, agradeci à rua, por continuar a ser um bom "alimentador" do Largo...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Luís, quando as pessoas não estão a fazer nada que prejudique os outros, o que é que os outros têm que ver, criticar, o que se faz ou tem? Isso é tão miudinho.
ResponderEliminarNão achei a critica nada ofensiva. Até achei graça, Isabel.
EliminarE quando desfilas na rua para toda a gente te ver, ficas sujeita ao "escrutínio popular". :)
Luís, também não achei ofensivo; não disse isso.
EliminarEntendo é que esse tipo de crítica não serve para nada, a não ser tentar apoucar quem é diferente ou tem coisas diferentes.
Sei que sim, que estou sujeita à avaliação dos outros, mas este tipo de escrutínio não me interessa para nada. Se não prejudico os outros, passa-me ao lado. Assim como os gostos dos outros podem não ser coincidentes com os meus; é seguir.
Eu também sou adepto do "vive e deixa viver", mas tenho de "alimentar" o blogue, Isabel. :)
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