Das coisas que mais me irrita é ver gente a defender o que considero indefensável.
Não consigo perceber a "guerra" que a maltinha do costume, quase sempre afecta ao poder socrático (até usam estatísticas e tudo...), está a levar a cabo contra a juventude, ao ponto de os ter apelidado de "Deolindos".
Segundo estas "eminências pardas" está quase tudo bem e não encontram razões para a "geração à rasca" protestar, através de uma manifestação, marcada para sábado.
Talvez seja eu que viva noutro "país". Já não digo nada...
No país onde vivo, nunca os jovens tiveram tanta dificuldade em arranjar o primeiro emprego (depois de terem feito estágios gratuitos, um grande negócio para os empresários do costume...). Os que arranjam emprego, é em condições altamente precárias.
Esta precaridade está a ter reflexos extremamente negativos na sociedade, pois cada vez se casa mais tarde e ter filhos começa a ser um acto heróico. Pois ser mãe significa na maior parte das vezes, desemprego, porque ninguém quer pagar a licença e os direitos da maternidade.
Muitos destes jovens são forçados a viverem na casa dos pais, porque não têm rendimentos que lhes permitam alugar uma casa. E comprar então, nem se fala, muito dificilmente conseguirão obter um empréstimo.
Como tenho dois filhos, com doze e seis anos, só tenho de estar solidário com esta juventude, que está "mesmo à rasca", pois este país há muito que deixou de ser para todos, e ainda menos para eles...
O óleo é de Chris Bennett.
Estamos todos com eles, no direito à indignação. O que me parece é que pode estar a haver alguma ulitização política/partidária daquilo que começou por ser uma mobilização espontânea de jovens.Vamos ver no sábado o que acontece...
ResponderEliminarTambém estou com eles...
ResponderEliminarNo entanto era bom que se organizassem para serem eles a transformar o país. Reclamar só não chega.Eu gostava de ver esta gente nova com ideias e arregaçando as mangas para fazer alguma coisa, já que os políticos se tornaram incompetentes. Eu junto-me a eles...
Um beijo, Luís.
Estamos todos, ou por outra a maioria, "à rasca" de uma maneira ou de outra...
ResponderEliminarOu por nós, ou pelos filhos, ou pelos netos...ou pelos projectos adiados...
Mas não estou a vislumbrar qualquer saída, infelizmente!
Que maioria para governar um país onde se tem alternado o poder da forma que sabemos?
Como quebrar este enguiço?
Enquanto os partidos se limitarem a defender as suas quintas, em vez de se preocuparem com o povo, nada feito!
Abraço
Também eu estou solidária com estes jovens que se licenciam para ficar em casa dos pais sem quaisquer perspectivas de futuro. É um direito elementar que manifestem o seu repúdio face ao estado em que se encontram e a falta de apoio que sentem.
ResponderEliminarBem-hajas, Luís!
Um abraço fraterno
estou a pensar participar na manifestação de sábado no porto! um grande beijinho, luís*
ResponderEliminarPodes crer. Eu não tenho filhos, mas sofro pelos sobrinhos cheios de sonhos...
ResponderEliminarEstamos todos com os jovens, Luís, embora julgue que a visão e as ambições deles já não são as que foram nossas. Não estou sequer convencida de que a precariedade os aflija profundamente. A mim, aflige. Mas a eles, vejo-os todos com planos de, podendo, se pôr a milhas disto tudo; de emigrar para onde haja trabalho e boas oportunidades, por precários que um e outras sejam. :-)
ResponderEliminarEstão "à rasca", sim senhor! Concordo e acho que, se querem mostrar a sua indignação, estão no seu pleno direito. Mas à rasca andamos nós, portugueses, há, pelos menos 300 anos!
ResponderEliminarmas isso é normal, George Sand, até o senhor Silva apanhou boleia...
ResponderEliminarGraça, o país está de tal forma, que até eu, que não sou pessimista, não encontro ponta para pegar.
ResponderEliminarsim, Rosa, com governantes destes, só podemos mesmo ficar à rasca...
ResponderEliminaras empresas vão continuar a fechar e o desemprego a aumentar, com as medidas que são tomadas.
e são os menos culpados da situação, Cata-Vento...
ResponderEliminare estás a pensar bem, Alice.
ResponderEliminarquase todos sofremos, Laura.
ResponderEliminaraflige muitos, Luisa.
ResponderEliminare a possibilidade de partir, é igual à dos avós, nos anos sessenta...
temos todos de mostrar a nossa indignação, Carol.
ResponderEliminarClaro que estamos todos "à rasca". As crianças são talvez quem menos o sente. Nós, trintões ou quarentões, sofremos por nós, por eles e pelos mais velhos.
ResponderEliminarBeijos.
sim, Filoxera.
ResponderEliminarparece que o céu está a descer e um dia destes cai em cima das nossas cabeças.
andei a colocar a leitura em dia e este foi o mais pertinente para mim.
ResponderEliminaracho que todos estamos à rasca e gostei do teu texto.
um beij
sim, e o que vem aí, é tudo menos animador, Piedade...
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