Conheço parte das suas vidas, sei inclusive como se tornaram ricos (dos novos), quase sempre sem olhar a meios e fins, aproveitando todas as oportunidades que a vida lhes deu, e ainda outras, destinadas a gente, mais distraída e menos ambiciosa.
Agora que têm os filhos nas escolas privadas e não põem o pé nos centros de saúde ou hospitais públicos, defendem que a saúde e a educação têm de ser pagas. E da justiça nem falam, sabem que é um luxo, deles e de todos os que podem comprar advogados e juízes, sejam banqueiros ou sucateiros...
Uma boa parte esqueceu a infância e a adolescência, o tempo em que também pertenciam ao "clube dos pobres", em que tinham menos oportunidades que os filhos dos doutores e engenheiros.
Bons no teatro trágico-cómico, usaram e abusaram da arte do disfarce. Foi assim que ajudaram a construir este país falso, injusto, mentiroso, demagógico e vigarista.
Os que chegaram ao poder juraram servir e defender o Estado, mas a única coisa que fizeram foi tratar da sua vidinha.
O pior de tudo é que quando se olham ao espelho, continuam em palco e fingem-se orgulhosos do seu "passado", ao qual não faltam carros, casas e mulheres de luxo.
O óleo é do inesquecível, Almada Negreiros.
Sempre existiram e continuarão a existir... esse tipo de pessoas.
ResponderEliminarsim, mas agora são mais, muito mais, Catarina.
ResponderEliminare são os principais culpados do estado do país.
uma única palavra:
ResponderEliminarEXCELENTE
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um beijo ,Luís!
obrigado, Gabriela.
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