Há algum tempo que não conversava com o Carlos, temos andado desencontrados na pausa para o café.
Não o encontrei bem. Aliás, nunca o tinha visto tão irritado com as "patifarias" praticadas pelo nosso primeiro-ministro e companhia, especialmente com o que essa gente continua a fazer ao Serviço Nacional de Saúde.
E nem falou das medidas economicistas praticadas de Norte a Sul, com o fecho de centenas de centros de saúde, que têm provocado ondas de indignação e protestos de populações inteiras.
Contou-me que ficou sem médico de família (tal como milhões de portugueses, eu incluído...) e que do centro de saúde aconselharam-no a dirigir-se ao hospital. No hospital, além de ter perdido quatro horas e gasto dinheiro desnecessariamente, disseram-lhe que o problema que tinha não era urgente e tinha que se dirigir ao centro de saúde. Informou-os do que lhe disseram no centro de saúde, mas quem o atendeu fez orelhas moucas e até foi mal educado. Pediu o livro de reclamações e deu mostras da sua indignação, como todos nós devíamos fazer em situações similares.
Talvez um dia alguém faça um estudo sobre as vidas que se perderam (e se continuarão perder, especialmente no interior...), com todas estas medidas avulsas praticadas no sector da saúde, sem atacar os problemas verdadeiramente escandalosos (as horas extraordinárias de médicos e enfermeiros, assim como os gastos abusivos de medicamentos nas unidades hospitalares).
A continuidade socrática só se compreende porque a maior parte dos portugueses sentem que com a entrada em cena do PSD, as coisas só tenderão a piorar, não fosse Passos Coelho, o homem que queria (se calhar ainda quer...) privatizar a CGD, a TAP e acabar com os passes sociais. O mais curioso, é que nunca o ouvi falar em privatizar a CP, o Metro ou a Carris...
O óleo é de Brad Holland.
Luis, só lhe posso dizer que estou solidária com a sua indignação e totalmente de acordo com o que diz.
ResponderEliminarCada vez estamos pior, e as pessoas que vivem fora dos grandes centros urbanos devem sentir-se muito desamparadas.
Não concordo de forma nenhuma com o fecho de centros de saude e de maternidades.
Não me conformo com o estado da Nação e acho que cada vez mais é preciso mudar, é urgente! Ou então é preciso obriga-los a mudar, pois a grande questão realmente é mudar para quê? Para termos mais do mesmo?
Talvez seja preciso mudar muita coisa,mas algo tem que ser feito, pois os Portugueses merecem melhor.
Eu que sou tolo, há coisas que inisto em não perceber?
ResponderEliminarEstaremos condenados à rotatividade PS /PSD (+- CDS)?
É que entre o Socrates e o Passos eu escolho... nenhum dos dois!
Que eu saiba em Portugal há mais de vinte partidos legalizados...
Além do mais, para quem é de Esquerda a escolha até nem é difícil. Afinal são apenas duas as opções...
é urgente mudar, Anita, por tudo o que passa neste país.
ResponderEliminarconcordo, Miguel.
ResponderEliminarmas enquanto a maior parte das pessoas se limitar a protestar, não votando, vamos ter de gramar sempre com os mesmos...