quinta-feira, dezembro 30, 2010

correr à pedrada o 2010 (4)

O sintoma mais grave de que vivemos numa democracia quase "faz de conta", é o funcionamento da justiça no nosso país.

Quando o próprio procurador geral da República desabafa que se sente uma espécie de "rainha de Inglaterra", refém dos muitos poderes ocultos que se movem na sombra e minam todo o poder judicial, está quase tudo dito.

Não é por acaso que em todos os grandes processos criminais do nosso país, a montanha acaba sempre por "parir um rato" (quando pare...).

A "democracia" em que vivemos é de tal forma absurda que há quem seja condenado, ainda que com pena suspensa, e saia do tribunal a gritar vitória.

A situação é de tal forma grave, que o sentimento de injustiça que se sente ainda é maior que antes de 1974, no tempo dos tribunais plenários, em que se condenavam pessoas sem culpa formada.

Apesar de ser moda no nosso país a "culpa morrer solteira", é fácil encontrar os principais culpados do estado actual da justiça: os políticos e os magistrados.

8 comentários:

  1. Subscrevo inteiramente, Luís!

    Os nossos tribunais, por outros motivos, fazem-me mesmo lembrar os tribunais "especiais"... só para alguns.

    ResponderEliminar
  2. que o natal - já passado - tenha sido cheio de poesia e o novo ano ,que se aproxima ,pleno de palavras prontas a moldar.......

    felicidades e


    .
    um beijo

    ResponderEliminar
  3. Tem toda a razão! Podemos tentar correr à pedrada o 2010 também neste aspecto. Mas o(s) próximo(s) anos não vão ser melhores , com os juízes que temos e com a burocracia que pesa em todo o acto administrativo.

    BOM ANO (apesar de tudo!)

    ResponderEliminar
  4. há de facto duas "balanças" na justiça, Helena, que pendem para o lado mais fraco, a lembrar a Idade Média...

    ResponderEliminar
  5. será, Gabriela.

    as palavras, com e sem poesia, são parte de mim.

    ResponderEliminar
  6. sim, Carol, com as mesmas pessoas, é impossível mudar.

    ResponderEliminar
  7. Pois é verdade! Temos coisas muito boas, mas também temos coisas muito más, como a Saúde, a Educação e a Justiça.
    Não sei qual delas estará pior, mas a Justiça funciona muito mal no nosso País, quando funciona, e até já o senti na pele.
    Acho que é mesmo urgente alterar leis e faze-las aplicar, doa a quem doer.
    A lei da impunidade tem que acabar, e tem que haver Justiça, na verdadeira acepção da palavra.

    ResponderEliminar
  8. exacto, a lei da inpunidade, tem de acabar, a lei tem de ser cega e não vesga, Anita.

    ResponderEliminar