Na minha infância os adultos fartavam-se de falar de "papões". Nunca soube muito bem o que eram. Percebi que não eram bem humanos, sei apenas que levavam para longe as crianças que se portavam mal...
Felizmente acabou-se com a história dos "papões". Talvez alguns avós ainda insistam no "fado", talvez. O pior é que a realidade não nos ofereceu um mundo mais tranquilo, muito pelo contrário.
Posso mesmo dizer que os "papões" foram substituídos por "homens maus".
É como se de repente, caíssem todas as máscaras, os vultos e os seres que se passavam por outra coisa, para lá do humano, surgissem aos nossos olhos, apenas como "homens maus", muitas vezes escondidos nas sombras do mundo.
O óleo é de Max Ginsburg's.
Na minha infância, Luís, havia também a arrepiante ameaça dos colégios internos. Não imagina a minha surpresa – e choque… - quando, volvida uma geração, ouvi a mesma ameaça na boca de amigos meus.
ResponderEliminareu ainda tenho medo do bicho papão.
ResponderEliminarmas tambem tenho medo dos homens maus, e que os há...isso há.
beij
Esse quadro é um pouco arrepiante…
ResponderEliminarQuando era pequena tinha muitos medos, demasiados.
ResponderEliminarTinha tanto medo, que de noite não saía da cama, qualquer que fosse o motivo.
Consegui ultrapassar a maioria, e de facto tenho a certeza que os tempos hoje são muito mais perigosos para as nossas crianças, e nem me atrevo a incutir medo, pois a realidade já é muito assustadora, mas falo nos homens maus, pois é preciso muito cuidado com eles.
Principalmente porque nunca sabemos quem são, até se revelarem, o que pode ser tarde demais.
E isso vale para todas as idades.
Quando a realidade se sobrepõe ao imaginário e, infelizmente, não é melhor.
ResponderEliminarO pior ainda é quando os "homens maus" põem a máscara de "homens bons"...
ResponderEliminarUm beijo, Luís.
Ai que post mais medonho...
ResponderEliminarBeijinho, Luís M*
há coisas que mudam menos do que imaginamos, Luisa.
ResponderEliminarparece que cada vez há mais, Piedade...
ResponderEliminarpouco é favor, Catarina.
ResponderEliminarincutir medo é o pior que se pode fazer, Anita.
ResponderEliminaré importante termos cosnciência do mundo em que vivemos, cheio de armadilhas...
pois não, Helena...
ResponderEliminarsim, embora a máscara acabe por cair, mais tarde ou mais cedo, Graça.
ResponderEliminarsério, M. Maria Maio?
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