sexta-feira, dezembro 10, 2010

Claro que Deviam Existir Milagres...

Sei que era uma chatice dividi-los de uma forma justa num mundo injusto como o nosso, mas mesmo assim deviam existir milagres.

Pensei nisto quando me cruzei há poucos minutos com a avó de um menino que era da sala da pré-primária da minha filha.

É uma daquelas senhoras que ao olharmos para ela, percebemos logo que é boa pessoa. E ainda bem para o neto, que precisa mais de amor e carinho que as outras crianças, pelo muito que tem sofrido, desde que começou a crescer, ainda na barriga da mãe, ao tempo adolescente.

Como se não bastasse ser filho de duas "crianças" com apenas dezasseis anos, nasceu prematuro e com problemas respiratórios e cardíacos. Com apenas quatro anos aconteceu o pior e teve de fazer tratamentos contra um cancro, traiçoeiro e cobarde, perdendo quase todas as defesas.

Por todas estas razões, precisa de uma atenção e apoio especial, em casa e na escola. Mas o pior de tudo é perceber-se que tem a vida a prazo, com apenas seis anos de idade.

Ao olhar para este drama familiar, que mesmo assim não rouba o sorriso e a doçura à avó, a pessoa que está sempre a seu lado, só posso mesmo dizer que deviam existir milagres e que este menino devia ter direito a renascer de novo e a ter uma vida igual à dos seus companheiros de escola.

O óleo é Michael Garsmash.

24 comentários:

  1. Oh! Como me entristece este relato, Luís! Criança que provavelmente só terá a atenção incondicional e os cuidados da avó. Milagres acontecem... quem sabe...

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  2. claro que deviam existir milagres amigo...
    claro ...es triste muy triste.
    ojalá pudieramos creer en los milagros...sólo así podrian suceder.
    un abrazo muito languido

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  3. Os meninos não deviam ficar doentes. Nunca.
    São pequeninos e frageis.
    Não faz sentido. É contra natura.
    Mas se houver milagres que sejam para quem mais dele precisa.

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  4. Quem sabe ele não está mesmo fadado a renascer, de alguma forma, ainda que nos escape à compreensão? Bonita reflexão Luis!
    Tás menos jornalista e mais contemplativo, será a altura do natal? Acho que não, pois te suspeito do grupo daqueles que, como eu, não alinham com esse marketing da bondade cristã com data marcada para acontecer e frequência única anual.

    Beijinhos,
    Lóri

    PS: Adorei o novo layout do blog. Um primor!

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  5. Triste e comovente, ainda mais que se trata de uma criança,
    condição difícil de aceitar... Doença impiedosa!

    Milagre?

    Será que já não existe, a outra face do milagre, na força, no espirito dessa avó?

    "Nem sempre o milagre pode ser o que mais queremos, e sim está muitas vezes naquilo, que no primeiro olhar não vemos "

    Essa criança de mão dada com esse Anjo, nem todas tem uma avó ou alguém que as acompanhe nessa caminhada...

    Desejo que ela encontre tudo de bom nesta vida.

    Tb tenho 2 filhas e nem sei o que seria se essa condição entrasse na minha vida...

    Obrigada pela partilha,

    Feliz Natal,

    T!na

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  6. A injustiça de uma criança ter vida a prazo. É isso que me perturba. Como não acredito em milagres, que esse menino seja tão feliz quanto for possível enquanto por aqui estiver.
    Comoveste-me, Luís, sabes.

    Beijinho.

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  7. Que triste o relato de hoje!E comovente. Não devia ser permitido as crianças terem doenças graves, nem terem a vida por meses ou por dias. Não devia ser permitido as crianças partirem antes dos pais e dos avós. Não devia ser permitido uma série de injustiças deste teor.
    Não há direito!

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  8. Pois devia, Luís!
    Infelizmente não nascemos, não crescemos, não vivemos todos da mesma maneira...
    Há quem entre na vida em contra-mão, sem qualquer responsabilidade nisso.
    E a vida não perdoa, é madrasta!

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  9. Não tenho muitas palavras, Luís. A vida é muito dura e injusta e o que me fica é que, pelo menos de uma pessoa, a avó, essa criança soube o que era o amor.

    Esperemos que haja na medicina um pequeno milagre.

    E aprendamos com essa avó e com o menino.

    Um abraço.

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  10. Olá! Estava navegando na blogosfera e me deparei com teu blog, adorei!
    Amo fazer novas amizades, conhecer pessoas, idéias, outras perspectivas.
    Já estou te seguindo...
    Se puder visita meu blog, e conheça um pouquinho desse ser complexo kkkk.
    Abraço!

    *´¨)
    ¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
    (¸.•´ (¸.•` *♥ Jussara Christina ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥

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  11. comovente, querido luís... é pena essas situações passarem tantas vezes mudas e surdas na sociedade... beijo*

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  12. quando soube da sua história (contada pela educadora), fiquei arrepiado (e revoltado), Catarina...

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  13. neste caso gostaria mesmo que existisse um milagre, Momo...

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  14. é isso mesmo, Maria, é contra natura, tal como o mundo...

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  15. era um daqueles impossíveis que bem poderiam acontecer, Lóri...

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  16. a avó é uma mulher especial, até por ser uma mãe-avó, já que a filha teve o menino numa altura em que era menina, More.

    é o "farol" de toda aquela família.

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  17. sim, Maria.

    felizmente ele consegue ser feliz à sua maneira.

    até por viver sem pensar, como se faz aos seis anos...

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  18. pois não, Carol.

    é o que doi mais neste mundo injusto, ver crianças inocentes a sofrerem...

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  19. é muito isso, Rosa, entra-se logo na vida em "contra-mão"...

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  20. esperemos que sim, Helena...

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  21. prometo visitar-te Jussara.

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  22. mas muitas vezes o silêncio é melhor para as famílias, Alice.

    a descrição faz com que os olhem menos de lado e como coitadinhos...

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  23. Que história tão triste.Esse menino merecia um milagre,pois ninguem merece sofrer e muito menos uma criança.
    É preciso ter sempre esperança, mas imagino que seja muito dificil de suportar.
    Infelizmente cada vez há mais casos de crianças com esse tipo de doenças, o que me deixa muito chocada, pois ainda estão no inicio das suas vidas, e são uns anjinhos que só merecem ser felizes.
    Vou pedir um milagre para ele.

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  24. e que ele seja concedido, Anita...

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