Quando a nossa vida é uma "montanha", sobe-se muito, mas também se desce.
Costuma-se dizer que a descer todos os santos ajudam. Se pensarmos que os "santos" são bons rapazes, não é isso que tem acontecido com o Rui, cada vez mais longe dos bons tempos, em que até teve um Porsche Carrera...
Diz que o seu problema tem sido a facilidade com que atrai "vigaristas". Foi assim no futebol e continuou pela vida fora.
Fez excelentes contratos, mas ficavam-lhe sempre a dever dinheiro. Houve anos em que recebeu por inteiro apenas os três primeiros meses, no resto da época limitava-se a receber uma décima parte do ordenado, apenas para comer e pagar a casa e o carro...
No final de carreira abriu um restaurante, a pensar no futuro, que também acabou mal, para variar. A prática que ganhou e alguma popularidade que lhe ficou dos futebóis fez com que conseguisse arranjar emprego na restauração.
Mas nem mesmo assim parou de descer a "montanha"...
Desde que deixou o futebol (há oito anos...), já trabalhou em dez restaurantes. Confessou-me, pela primeira vez, que fica sempre a perder com a troca, ao ponto de hoje ganhar pouco mais que o ordenado mínimo.
É o preço da liberdade, diz ele...
Cá para mim, Luís, a vida não é exactamente uma montanha, mas uma serra ou sucessão de montanhas de altura decrescente. As últimas serão pouco mais do que montículos... :-S
ResponderEliminarTriste.
ResponderEliminarA vida é mesmo uma montanha, e às vezes mais parece uma montanha russa, e que tão depressa se sobre como se desce.
ResponderEliminarAlgumas pessoas aparentemente não têm sorte, mas nem sempre o que parece é, e se calhar ele agora até é mais feliz.
A vida do Rui, faz lembrar o futebol cá da paróquia, que também atrai muitos vigaristas, atirando para a falência muitos clubes.
ResponderEliminardisse montanha, como um conjunto de montes e vales, Luísa (se calhar Serra era a palavra certa...).
ResponderEliminarparece que cada um de nós terá a sua "montanha" e a sua facilidades ou não em fazer "alpinismo"...
e real, Catarina.
ResponderEliminaro dinheiro fácil é um perigo.
ele não é mais feliz, Anita.
ResponderEliminarsente muito a falta do Porsche e de algumas namoradas não menos velozes (foi por isso que desapareceram)...
Sim, Carlos, sei de histórias que não lembram a ninguém, algumas dos tempos do Eusébio e companhia.
ResponderEliminaro futebol sempre foi uma corja de vigaristas.
não é por acaso que antes das "Sad's", muitos dos dirigentes dos grandes clubes tinham "stands" de automóveis (que importavam grandes bombas para os jogadores), e "boites" (onde os mesmos poderiam deixar uma boa parte do ordenado com uma das suas empregadas, boazonas, fáceis mas com preço...).
Caro Luís:
ResponderEliminarQueria desafiá-lo a escrever um 'post' como convidado especial do DO sobre um tema inteiramente à sua escolha. Espero que aceite. Para saber o meu 'mail' basta clicar no meu nome no D:
Abraço.
será uma honra, Pedro.
ResponderEliminar