À medida que vamos entrando para o clube dos "usados", vamos perdendo energia e ganhando ao mesmo tempo alguma preguiça.
É por isso que quando os dias se tornam bastante produtivos, até somos capazes de estranhar.
Claro que o problema não é apenas nosso. A partir de uma certa idade, começa a ser mais difícil traçarmos objectivos e ter metas onde chegar, porque há duas ou três portas que se vão fechando, sem se perceber muito bem porquê.
É por estas e por outras que farto de me dizer a mim mesmo, que a vida é uma coisa muita estranha...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
A primeira coisa que notei é que nenhum dos ciclistas tem capacete!!!
ResponderEliminarIsso é que é bastante estranho!
Em Lisboa não é, Catarina.
EliminarUma boa parte dos viajantes de bicicleta e trotinete anda sem capacete (e parece que já saiu legislação sobre isso...).
Concordo. A falta de civismo dos ciclistas e dos "trotinetes" manifesta-se de múltiplas maneiras, esta é mais uma das menos graves. Verdade seja dita que quando vivi na Alemanha também se circulava muito sem capacete; eu incluído, confesso. Mas não se via nenhum a circular nos passeios, toda a gente andava nas pistas (sempre que estas existiam) e sobretudo todos obedeciam rigorosamente aos sinais de trânsito.
EliminarBom dia
ResponderEliminarÉ a mais pura das verdades.
Eu que já entrei para esse clube e a realidade é que já se me fecharam algumas portas .
JR
Boa, Joaquim, comentou as minhas palavras. Os outros comentaram a fotografia. :)
EliminarQuando li os comentários a este post no meu email, vim de novo lê-lo e confirmei que pertenço ao grupo de “os outros”. Por lapso.
ResponderEliminarLembro-me de ter comentado sobre “as tuas palavras”, mas o que devia ter acontecido é que não copiei e colei o resto do meu comentário. É que devido aos acentos em português, escrevo no word e depois é que copio para a caixa de comentários. Já tem acontecido.
Não me recordo exatamente o que escrevi, mas foi mais ou menos isto. A energia – se não tivermos cuidado, não fazendo exercícios físicos e mentais todos os dias – vai diminuindo à medida que os anos vão passando; consequentemente, não se pode parar. Quanto às portas que se fecham, outras abrirão com outras oportunidades que podem ser bastante gratificantes na fase “mais matura”.
Agora o que não me recordo de ter feito, e faço-o agora, é referir-me ao termo “usado”. Um termo com uma conotação mais que negativa, Luis! : ) É mesmo dar ênfase ao que se “perde” com a idade e não ao que se “ganha” neste processo.
Dizem os estudiosos na matéria, que se a pessoas focarem no aspeto positivo do envelhecimento, há grande possibilidade de viverem muitos mais anos.
Pessoalmente, nunca me defini – em fase nenhuma - pelo calendário, excetuando em casos que requerem a data oficial, evidentemente!
Mas eu também na me defino dessa forma, Catarina.
EliminarMas a sociedade não perdoa a chamada "peste grisalha".
O nosso país não sai da cepa torta por gostar de tratar as pessoas com mais de cinquenta anos como "inúteis"...
O cabelo grisalho continua a ser um elemento de discriminação entre homens e mulheres, o que é totalmente B.S. Uma mulher de cabelo branco é considerada “velha” (até a minha mãe detestava o termo; hoje não tem a noção do que isso significa) e o homem, distinto!! Please, give me a break!!! : )
EliminarDurante a pandemia, uma jornalista e pivô, muito conceituada, de um dos maiores canais televisivos canadianos, assumiu o cabelo grisalho. Foi despedida no ano passado com 58 anos. Foi um escândalo, badalado em todo o mundo civilizado. : ) O VP do Dept de Notícias, que a tinha demitido, foi também demitido do cargo pouco tempo depois. Mas parece que continua a trabalhar noutra empresa, cujo proprietário é o mesmo do canal de televisão.
Noutros tipos de trabalho, as pessoas não são despedidas devido à sua idade, nem devido à cor do seu cabelo...
De uma maneira geral, os canadianos mais velhos continuam ativos no mercado de trabalho. Muitos continuam a trabalhar para além dos 65 anos, idade em que se podem reformar. Portanto, a taxa de participação dos chamados seniores é relativamente alta, mas, em comparação com outros países ainda há muito que melhorar. Evidentemente, há idosos que começam a enfrentar alguns (ou muitos) desafios que os impendem de continuar ou reingressar no mercado de trabalho. Nada a ver com a idade do calendário. : )