Podia ser, mas não sou, sociólogo.
Claro que sou um observador do mundo que me rodeia (é o que fazem as pessoas que escrevem e tiram fotografias...), mas sem pretensões, muito menos "verdades quase absolutas" como as do Nuno.
É por isso que tenho dificuldade em perceber como se chega a algumas conclusões, como as da Carla, que disse que os maiores inimigos dos consumidores de tabaco e álcool eram ex-fumadores e ex-bebedores.
Não fiquei nada convencido. Penso que as "brigadas higiénicas" são compostas sobretudo por quem nunca fumou ou bebeu, e tem quase ódio a quem tem estes prazeres.
Gostei mais do rumo que a conversa acabou por levar, olhando para os cigarros e as bebidas alcoólicas como "desinibidores" sociais, especialmente junto dos jovens, inseguros por natureza.
Claro que, mesmo pela vida fora, o álcool continua a funcionar como "bengala" para algumas pessoas, que têm dificuldade em interagir socialmente.
Pensei num dos meus tios, que sem beber uma gota de álcool, é uma pessoa completamente apagada. Basta-lhe um copo de vinho para se libertar e tornar-se uma pessoa alegre e vivaça, animando todos aqueles que estão à sua volta.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Não fumo mas bebo moderadamente quando bem acompanhada.
ResponderEliminarNão preciso de álcool para me desinibir socialmente embora por aqui não se note muito.
O meu filho é como o tio do Luís. :))
Abraço
Pois, mas há quem precise, Catarina, neste mundo imperfeito...
Eliminar(já te chamo, Catarina, Rosa...)
EliminarÉ um bonito nome Catarina!
EliminarAbraço
Sendo ex-fumadora (há mais de vinte anos) não sou inimiga dos fumadores, simplesmente que ninguém se aproxime de mim enquanto fuma. : ) Na verdade, hoje em dia, é uma situação que raramente acontece. É que conheço apenas duas pessoas que fumam e com essas tenho apenas uma convivência esporádica. Passam-se meses e meses que não vejo ninguém a fumar até porque não é permitido em lugares públicos, ao ar livre, desde que seja um espaço também para crianças.
ResponderEliminarO número de fumadores, de acordo com as estatísticas, tem vindo a diminuir nos últimos anos. E entre os ainda-fumadores, 13% são homens e 10%, mulheres.
A minha relação com o tabaco é de não fumador, Catarina. Na minha vida toda devo ter fumado uma dúzia de cigarros e quase obrigado, na fase da pré-adolescência.
EliminarSempre tive amigos fumadores e eram raros os que me incomodavam. Normalmente até gostava do cheiro (embora um ou outro fumador, talvez por fumarem, de uma maneira estranha, deixassem mais fumo na mesa e menos "perfume"...).
Do que nunca gostei foi de estar a comer num restaurante e sentir o fumo e o cheiro a tabaco próximos... Roubava logo o gosto à comida.
E sim, fumar tornou-se quase uma actividade clandestina...
Onde vivo em França tenho a impressão de que os fumadores se reduzem cada vez mais às classes mais desfavorecidas. Pode estar a passar-se um fenómeno parecido com o da clivagem social associada à obesidade que observei nos EUA há já umas duas ou três décadas. Nas cidades/vilas dos EUA, há muitos obesos (resultado da "fast-food"); nos campus universitários, locais frequentados pelos mais privilegiados, os obesos entre os estudantes e o corpo docente contar-se-iam pelos dedos de uma mão; a obesidade está praticamente circunscrita ao pessoal de manutenção e cargos mais modestos. É cada vez mais uma questão de (falta de) qualidade de vida.
ResponderEliminarO que eu penso, é que o tabaco é um vício especial, também funciona como um "calmante" para algumas pessoas, "Marsupilami".
EliminarNão fazia essa leitura social, embora uma vida difícil exija mais "calmantes" que uma vida normal...