segunda-feira, novembro 21, 2022

A Memória do Chico Fixada nas Toalhas de Papel...


Chegámos a ser uma dúzia à mesa, às segundas feiras, na nossa "Tertúlia do Bacalhau com Grão", agora somos apenas dois, invariavelmente (quando o Mário, o Marinho ou o Luís aparecem é uma festa...).

O curioso, é que nunca nos falta assunto à mesa. O Chico repete-se muitas vezes, quando fala da nossa Incrível e da sua rua José de Mascarenhas ou das imediações (a Capitão Leitão, a Heliodoro Salgado ou a travessa Henriques Nogueira...), mas há sempre algo de novo que fica.

Por causa da sua "memória de elefante" (e também das do Orlando e do Jaiminho...). tenho bem muito mais que duas de dezenas de pedaços de toalhas de papel, dobradas no interior do meu caderno de capa verde (que está cada vez mais gordo...). 

Embora não tenha voltado a abrir grande parte destes registos avulsos, não resisto em pegar na esferográfica e fixar nas folhas de papel simples - que conta quase sempre a companhia de uma ou outra nódoa, de azeite ou de vinho tinto -, os nomes e acontecimentos que me ficam na retina, durante as nossas conversas. 

Foi o que voltou a acontecer hoje, quando viajámos pelos teatros da vida do Chico (até passámos pelo desaparecido "Clube José Avelino"...). Desta vez não ficámos por Almada, atravessámos o rio, para visitar de fugida o Paiva, que tinha um armazém (talvez ateliê seja mais apropriado...) no interior do Parque Mayer, onde era possível alugar todo o género de vestidos e outras roupagens, sem esquecer ou ou outro acessório indispensável, para oferecer um outro brilho às revistas e peças de teatro Incríveis...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


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