Foi difícil "escapar" da actualidade, da guerra que nos vai esvaziando os bolsos. Houve um momento em que ela me perguntou se eu acreditava numa terceira guerra mundial. Disse que não, mas apenas por ser optimista. Foi quando quase fomos atropelados por um grupo de jovens que andava a um passo mais rápido que nós, que nem sequer pediu desculpa pela ultrapassagem quase da selva...
Deram-nos pretexto para falarmos desta sociedade e do mau uso e também mau entendimento que se dá cada vez mais da liberdade. São cada vez menos os que percebem que a nossa liberdade começa no respeito da liberdade dos outros.
E quando demos por ela estávamos na entrada da estação dos comboios. Trocámos contactos e despedimo-nos com um abraço sentido.
Enquanto se afastava, disse, com um sorriso aberto, que da próxima vez que nos encontrássemos, falávamos dos nossos filhos.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Bom dia
ResponderEliminarFiquei com inveja desse encontro.
Como gostava de me encontrar e falar com alguém que não vejo à tantos anos .
JR
São coisas que me acontecem, raramente, Joaquim.
EliminarO chato é quando não reconhecemos logo a pessoa (quando se muda fisicamente...), Já me aconteceu...
Será bem melhor falar dos filhos!
ResponderEliminarAbraço
É verdade, Rosa. :)
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