Quase todos pensavam que a condenação à morte defendida pelo Ayatollah Khommeini, em 1989, depois da publicação dos Versículos Satânicos já estava ultrapassada (até porque o Governo Iraniano em 1998 anunciara publicamente que não defendia a sua morte...), acontece esta tragédia.
Depois de mais de uma década a viver escondido, praticamente "fora do mundo" e com identidade falsa, Salman Rushdie, a partir de 2003 começou a tentar levar uma vida o mais normal possível, mas sem descurar a sua segurança pessoal, até porque a "guerra" entre o Oriente e o Ocidente estava ao rubro no começo do milénio.
A sua passagem do Reino Unido para os Estados Unidos da América, não aconteceu por acaso. Rushdie queria se sentir mais livre, voltar a ser um escritor e a sentir a proximidade dos leitores. O que em parte conseguiu. Até ontem...
Um livro é muito mais que um objecto, mas está longe de ser uma "arma mortifera", mesmo que assuste todos aqueles que continuam a ter medo (é ódio) da palavra liberdade.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Se mo permites, subscrevo tudo o que disseste.
ResponderEliminarUmaMaria
A sociedade está cada vez mais carregada de ódio e de egoísmo, Maria...
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