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A Rua da Escola Politécnica continua a acolher o prédio azul que foi a última casa de O'Neill (2º andar do nº 48) e também as Pastelarias Cister e a Alsaciana (muito diferentes na actualidade...), lugares de tertúlia e encontros com alguns dos seus melhores amigos, que o acompanharam a vida toda.
Mas toda aquele "bairro" lhe foi familiar, viveu em várias casas desde a Calçada do Monte, passando pela Travessa da Palmeira, Rua do Jasmim ou Rua de São Marçal (a casa minúscula que chamavam o camarote dos Irmãos Marx...). Havia vários amigos que também viviam por ali, na Rua da Imprensa Nacional, na Calçada Engenheiro Miguel Pais, na Rua Monte Olivete, na Rua Luís Fernandes, Praça das Flores ou Rua Cecílio de Sousa.
E devia conhecer todas as tascas das redondezas, onde gostava de parar e conversar com a gente do povo que sempre admirou e usou em dezenas de poemas, crónicas do quotidiano e até na publicidade.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Já li e gostei, grande ser humano-Um poeta!
ResponderEliminarUma biografia de que gostei imenso foi a do Manuel António Pina "PARA QUÊ TUDO ISTO" do Álvaro Magalhães, o Manuel António Pina era realmente um grande jornalista e uma grande pessoa de uma sensibilidade absolutamente quase irreal e com um sentido de humor fascinante.
A última "biografia" que li, muito interessante também, foi da Amália Rodrigues que resultou de uma série de entrevistas com o escritor Manuel da Fonseca. A Amália era uma mulher de grande carácter e de um coração enorme na sua grandiosa humildade.
Também estou a gostar e sei que vou gostar também da história de vida do Poeta Pina, Severino.
EliminarConheci bem a pastelaria Cister porque tinha uma prima na antifa Faculdade de Ciências.
ResponderEliminarQuanto ao Príncipe Real e à Praça das Flores frequento de vez em quando.
Não conhecia esses pormenores da vivência do escritor.
Abraço
Muito me tem ensinado esta biografia, Rosa, sobre o Poeta O'Neill. :)
EliminarPor ali também viveu o poeta e jornalista Eduardo Guerra Carneiro, mais propriamente na Travessa do Abarracamento de Peniche. Aí, num começo de ano, sentindo-se cansado de tudo, chegou-se à janela e voou para as estrelas.
ResponderEliminarTinha como vizinho o filósofo Agostinho da Silva e no seu livro «Conta Corrente» deixou um poema ao gato de Agostinho da Silva:
«Chama-se Luís o gato do Terceiro
e é companheiro de um mestre filósofo.
Em madrugadas altas há por vezes sobressalto,
Quando o bichano acorda mal disposto.
O professor, sábio também
em jogos de paciência, acalma
o animal e já o mima. Trata-se,
vendo bem, de outra ciência,
tão difícil de conseguir como
um estudo de Pessoa. Chama-se Agostinho
da Silva, o do terceiro, e tem um gato
com quem, à vontade, discreteia.
Luís, discípulo, ronrona baixinho.
Tudo vai bem, assim, no sete desta rua.»
É verdade. Todo aquele bairro respirava (e ainda respira) cultura, Sammy.
EliminarGrato pelo poema , que conheço bem e já declamei mais que uma vez.
Decerto uma biografia muito interessante.
ResponderEliminarEu estou voltando aos poucos, meia hora de três em três horas. Vamos ver se desta vez o tratamento resulta e a visão melhora substancialmente.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Para a Elvira as suas melhoras, tudo vai correr bem, acredite!
EliminarÉ uma biografia muito instrutiva, Elvira.
ResponderEliminarEsperemos que corra tudo bem e que as coisas caminhem para a normalidade.