Enquanto almoçávamos, ouvimos alguém a queixar-se do barulho que um grupo fazia numa das mesas próximas. Foi o suficiente para recordarmos que aquela mesa onde agora estávamos dois, chegou a ter mais de dez. E alguns tinham uma costela italiana, era por isso que além de se falar alto, também se conversava com os braços, as mãos e algumas partes do rosto. O normal era existirem duas, três conversas cruzadas, misturadas com gargalhadas de contentamento daquele convívio tertuliano comensal...
Há sempre alguma coisa que faz com que o Chico se recorde dos tempos da meninice e começo da idade adulta... E lá aparece uma história, quase sempre com a Incrível como pano de fundo...
Ele sabe que eu gosto de ouvir as suas histórias, da mesma forma que há quem fique incomodado quando ele viaja pelo passado.
Nada que o preocupe. Foi por isso que ele disse a sorrir: «Parece que nem todos temos memória.»
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Bom dia
ResponderEliminarMemória todos temos, só que por vezes não dá muito jeito lembrar que a temos .
JR
Pois, ninguém quer "más memórias", Joaquim...
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