Por conhecer alguma da área ardida, fico com a sensação que se poderia ter feito mais, muito mais, para se estancar aquela que viria a ser uma verdadeira tragédia no nosso património natural.
Embora perceba o "deixa arder", quando não estão em risco vidas humanas e habitações, penso que ainda se tem de melhorar bastante a forma como se luta contra os incêndios. Compreendo perfeitamente que os bombeiros tenham deixado de cometer actos quase suicidas, quando se deslocavam para locais, onde não estavam devidamente protegidos (perderam-se vidas e viaturas de forma estúpida...), mas não se pode perder a oportunidade de combater os incêndios, em áreas onde é possível lutar de igual para igual para com ele. Digo isto porque a Serra da Estrela está longe de ser apenas arvoredo. Houve áreas de vegetação (rica para a pastagem de animais e que lhes irão fazer bastante falta...), onde se poderia ter feito muito mais do que se fez.
Também penso que devem continuar a existir problemas ao nível do comando (basta estar atento ao que se vai dizendo...) quando estão mais de mil homens no terreno, com gente a mais a mandar, e algumas vezes "mal". Era bom que os diferendos entre a Protecção Civil e o Comando dos Bombeiros, fossem sanados, de uma vez por todas, e que se falasse e lutasse a uma só voz.
É por isso que eu digo, que é meia-verdade, a "legalenga" de que todos os anos se repetem os mesmos erros, pelo menos no combate aos incêndios.
Onde se continua a falhar de forma incompreensível, é na prevenção.
As autarquias locais e as suas populações continuam a não cuidar do que é seu e de todos (passei por bermas da estrada em Julho e Agosto com vegetação acima da minha cintura...). Já deviam ter percebido a incúria de uns pode ser a desgraça de todos...
(Fotografia de Luís Eme - Vila Velha de Rodão)
Bom dia
ResponderEliminarA verdade e nada mais que a verdade.
JR
É tão triste vermos o país a ser destruído desta maneira, Joaquim...
EliminarUma tragédia na biodiversidade!
ResponderEliminarAbraço
Uma tragédia em tudo, até no nosso amor próprio, Rosa.
EliminarParece que somos todos malucos e parvos.