Não sei se é coisa com mais de quarenta anos, mas acho que sim. Até por que já ouvi histórias sobre as escolhas e nomeações de ministros e secretários de estado dos governos provisórios - nem vale a pena falar de outros cargos menores -, que cabem que nem uma luva no anedotário nacional. Do género de telefonaram para a casa de alguém às duas da manhã a perguntarem se queriam ser isto e aquilo, e que tinham de dar uma resposta às nove da manhã (muitas vezes eram cargos com pastas sobre as quais não tinham perdido mais de cinco minutos da vida...). A maioria refugiava-se na tese de que "era a oportunidade de uma vida" e não queriam saber de mais nada...
Sei sim, que foram raros os homens e mulheres que tiveram a coragem de dizer, não, por saberem que não "cabiam naqueles fatos"...
Infelizmente esta história não se ficou pelo "país provisório" do Verão Quente, continuou a repetir-se até actualidade.
A coisa mais fácil de fazer na política é uma lista de ministros, secretários de estado, presidentes de câmaras, e vereadores, medíocres e incompetentes (alguns ainda acrescentaram ao currículo adjectivos ainda menos abonatórios, e só não estão na prisão porque a nossa justiça é o que é...).
Do que não faço ideia, é se essas pessoas alguma vez se questionam, sobre o mal que fazem ao país, quando deixam que os seus interesses pessoais, do partido e dos amigos, se sobreponham aos interesses de todos nós...
Comecei a escrever e como de costume fui andando... quando na conversa que tive com dois amigos, apenas falámos dos ministros da administração interna, da educação e da saúde.
E o Pedro numa frase disse tudo: «Somos o País das escolhas erradas. E tudo começa nas pessoas...»
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Eis uma correcta visão do panoram actual da mesquinha e vil vida política portuguesa.
ResponderEliminarEste é certamente o assunto que actualmente mais magoa os portugueses e que mais abordam entre si.
Sim, Severino. Ninguém se sente confortável com uma situação, que penaliza sempre os mesmos.
EliminarVermos tantos "bandidos" em liberdade, a viverem com a mesma qualidade de vida, de sempre, acaba por dar cabo do sistema judicial de qualquer país.
E a única coisa que nos resta, é desabafarmos...
É bem verdade. O que não foi uma escolha errada, foi esta bonita foto do cais das colunas.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo
Também gosto dela, Elvira. :)
EliminarO resto é sempre demasiado triste para falarmos (e faz-nos mal).